terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Velhas Modernidades


O começo é o começo do fim
Não sei nem porque que eu vim
Xô! Saia de perto de mim...

A velharia do ano passado

O certo que deu mais errado
A elegância do mau-arrumado

Já contei tim-tim-por-tim-tim

Chorei muito por aquele jardim
Não sou tão mau assim...

A música que eu não escuto mais

Aquela sua promessa de paz
A minha coleção de muitos temporais

Não fui eu que amaldiçoei Caim

Nem sobrevoei pelos céus de Berlim
Nem construí torres de marfim...

O brinquedo que já foi esquecido

O trato que não foi mais cumprido
Você tire logo esse seu vestido

Eu sou palhaço não sou arlequim

Minhas faces estão com carmim
Gosto de rosas e não de jasmim

A velharia do um tempo fechado

O plano que já nasceu errado
A sombra do mal-assombrado...

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