O que resta do prato
O que sobra no copo
A chama quase apagando
A fogueira morta na noite
Não há mais passarinhos
No céu que não mais há
Nublou o tempo
Fechou o céu
Aqui está frio demais
O amor que sobrou
Os carinhos mais comuns
Beijos no rosto
Que deveriam ser na boca
Fecho meus olhos
Para não ver o tiro
Que me atingirá fatalmente
Um tiro sem bala
Um tiro da tristeza
O que resta do prato
O que sobra no copo
A vida quase apagando
O lobo uivando no meio da noite...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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