Dias passados sem nome sequer
Anedotas ditas para podermos chorar
Folhas caídas qual moscas nos chãos
Nenhum barco saiu para pescar
E o cais permanece sem vivalma...
Muitas marinas agora desbotadas
O que um dia acreditei agora duvido
O brilho dos metais agora apagaram
O faraó repousa na sua horizontal
Assim como tantos sonhos de anonimato...
Meu grande sonho é não ter mais pesadelos
Mas o meu medo gosta de brincar sempre
Se escondendo entre os escombros da mente
Como quem sai no bloco do sujo no carnaval
Mesmo que não tenha mais alguma folia...
Eu sou como uma garça triste e solitária
Daquelas que o sal um dia acaba cegando
E que então vai morrer lentamente de fome
Mas não adianta tentar se debater e voar
Foi por isso que eu me calei perante o mar...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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