Num cárcere privado tentei ser feliz
Não me importando com os restos pelo chão
Com aquilo que o destino me disse não
Com esses tantas dores que eu nunca quis
Com as distâncias que a vida me colocou
Com as ameaças que a morte assim fez
Se me tiraram desta fila a minha vez
Com aquele soco na cara que me acertou
Num crime premeditado eu fui o criminoso
Como em alguma história que eu li um dia
Que eu inventei algo parecido com a alegria
Mas eis que me falhou o trem de pouso
Com aqueles passarinhos que foram do jardim
E as flores que vieram nesta estação errada
Fiz o que pude mas não deu em mais nada
E o que eu espero? Apenas este meu fim
Num cárcere privado tentei ser feliz
Não me importando com os restos pelo chão
Mas todo o meu esforço foi em vão
Por ser apenas mais este aprendiz...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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