Toda poesia é atemporal,
Impossível dizermos quando nasce
E quando morre (se morre...),
Os poemas são feitos de palavras doces
Ou de silêncios inquietantes.
Toda poesia é mórbida,
O poeta é um arco que joga flechas
O leitor é seu alvo
E a intenção poética é uma fera
Que caça sua presa na selva.
Toda poesia é uma veia,
Nela corre todo o sentimento,
Seja ele bom ou mal expresso,
Carregado ou não de fantasia,
O resto é uma receita de bolo.
Toda poesia é como um susto,
Como uma visita imprevista,
Um cometa caído do céu
Ou um barulho na madrugada
Que acabou tirando o sono,
Toda poesia é apenas um jogo,
As rimas são cartas marcadas,
As figuras são apenas estratégias,
Mas ninguém sabe afinal o final,
É tudo apenas mais um vento.
Toda poesia é atemporal,
Impossível dizermos quando morre
E quando nasceu (nunca se sabe...),
Os poemas são feitos de palavras rudes
Ou de silêncios que gritam...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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