Não saber
que não sabe
que não sabe...
Uma canção estranha
Uma febre tamanha
Uma grande façanha...
Não saber
que não sabe
que não sabe...
Numa triste calçada
Numa torpe caçada
Numa bruta cilada...
Não saber
que não sabe
que não sabe...
Eis a tal selva urbana
Eis a tal fúria humana
Eis a tal febre insana...
Não saber
que não sabe
que não sabe...
O carro está quebrado
O destino está traçado
O recado já está dado...
Não saber
que não sabe
que não sabe...
Viajo o tempo inteiro
Janeiro após janeiro
Esperando o fevereiro...
Não saber
que não sabe
que não sabe...
(Extraído do livro "Pane Na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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