sábado, 23 de novembro de 2024

Tempus Viatoribus

 

Não saber

que não sabe

que não sabe...


Uma canção estranha

Uma febre tamanha

Uma grande façanha...


Não saber

que não sabe

que não sabe...


Numa triste calçada

Numa torpe caçada

Numa bruta cilada...


Não saber

que não sabe

que não sabe...


Eis a tal selva urbana

Eis a tal fúria humana

Eis a tal febre insana...


Não saber

que não sabe

que não sabe...


O carro está quebrado

O destino está traçado

O recado já está dado...


Não saber

que não sabe

que não sabe...


Viajo o tempo inteiro

Janeiro após janeiro

Esperando o fevereiro...


Não saber

que não sabe

que não sabe...


(Extraído do livro "Pane Na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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