sábado, 23 de novembro de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 320

Mistura de misturas misturada

Eis a cabeça do poeta entrenuvens

Não tem sossego em hora alguma

Não tem paz em nenhuma entrerua

As palavras lhe abordam

E os sonhos sussurram aos seus ouvidos


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Se perguntarem por mim diga que não sabe

Se indagarem se tem me visto fale que não

Que não sabe de nada e não me vê faz tempo

Que até ia perguntar pela mesma coisa

É que eu ando meio que distraído

Fugindo da maldade dos homens

E brincando no meio das nuvens...


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Eu nunca fui rio.

Eu nunca fui mar.

Eu nunca fui céu.

Tudo que escrevo tem a pequenez

Das pobres pedras vadias

Que percorrem o mundo

(Suas ruas)

Mesmo quando este

Não é nada demais...


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Filosofia cheia de incertezas

Fórmulas milagrosas do nada

Esmoleres de apertos de botões

Nada ensina o imprevisível

Disfarçar a realidade não adianta

Só o tempo sabe o que diz...


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Todos os dias acabam implorando para serem diferentes, mas acabam sendo tão iguais. Com seu começo mais ou menos enganoso, fazendo promessas que nem sempre cumprem. Preparando planos que acabarão falhando. Carros andam na rua e não sabemos se a máquina apenas obedece ou quem as conduz. Toda tragédia tem sua data, não há um dia que estas falhem. Frio ou quente, tanto faz, o tempo não se importa com isso. Os coveiros trabalham cansativamente, mas trabalham. Copos serão enchidos e vazios em sua rotina. Todos os dias acabam implorando para não serem tolos, mas os homens é que são...


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Todo perto acaba sendo longe demais para essas pernas que um dia me obedeceram, mas hoje teimam que não. Agora não conheço mais os passos na areia da praia que tanto gostava, nem da feira do bairro com sua confusão que apreciava. Tudo continua existindo, certamente que sim, mas talvez eu não e nem me dei conta disso...


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Escolho as palavras dos versos que talvez nem sejam lidos, isto perdeu sua importância. Os poetas não conseguem engolir as palavras, acontece o milagre e elas acabam indo se transformar os versos. E os versos são mais eternos do que se possa pensar...

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