quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 317

Não fui eu! Não fui eu!

Não fui culpado se o amor morreu

Se o carnaval acabou indo embora

Se o espelho não sorri mais pra mim

Não fui culpado se a flor murchou

Se as folhas caíram no chão

E se a poeira invadiu todos os cantos

O culpado foi o relógio malvado...

Não fui eu! Não fui eu!

Eu juro que não fui eu!...


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Dias claros como qualquer

Insetos humanos para seu afã

Quando a felicidade vai chegar?

Amanhã! Amanhã!


Dias seguintes a escuridão

A vida é a nova a morte a anciã

Quando poderemos descansar?

Amanhã! Amanhã!...


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A ideia

Sem plateia 

Apenas isso

A imaginação

Sem sedução

Apenas isso

Um cata-vento

Catando o vento.


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Peguei uma tesoura sem desejos

Desejadamente desconhecida

Fiz todos os dias sem ensejos

E acabei recortando - minha vida...


Apenas muitos anos aparentes

Tudo não anda corre apenas demais

Depressa ligeiros tão frequentes

E tudo pelo caminho - ficou lá atrás...


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Quando era menino fazia perguntas

E tinha muita pressa pelas respostas

Queria saber como as nuvens subiam

Queria saber como os rios não cansavam

E se os lagos eram rios com preguiça

Queria saber de onde vieram as perguntas

Hoje faço diferente - não pergunto mais

E velho espero de forma quase serena

As respostas baterem em minha porta...


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É tudo apenas a mesma rotina - como o respirar

As necessidades básicas chegam logo gritando

Mas se recusam a tirar suas muitas máscaras

É tudo apenas a mesma rotina - o sanguíneo pulsar

As necessidades não-necessárias de mansinho

Mostram seus rostos e teimamos em desconhecer...


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Parece uma lenda, isso sim

Havia um homem no meio da multidão

Que se recusou em ser igual aos outros

Que não queria fazer tudo sempre igual

Mas até um dia que notaram isso

E aí, pobre coitado, acabaram imitando

E os outros que ficaram iguais a ele...

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