sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 316

Um pedaço de poesia

Feito um pedaço de pão

O pão para a boca

A poesia para o coração

Um rima inexata

Não faço muita questão

Desde que voe ao céu

Não chore aqui no chão...


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Meu coração de quintal

Não precisa de mundo grande

Para ser o que é...

Precisa de flores pequenas

Que surjam do nada do chão...

Precisa de passarinhos vindo

Para cantar qualquer coisa...

Precisa de bichos pequenos

Que nem eu mesmo sou...

Meu coração de quintal

Não precisa ser um outro mundo

Pois já é o mundo todo...


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E a mão dela era o suficiente

Suficiente para um carinho 

De mil choques elétricos...

Era o que eu queria sempre

Para os dias mais frios

Que a alma pudesse suportar...

Era suficiente para conseguir

Ser mais rico de todos os homens

E comprar até as estrelas do céu...

Mas foi a que me soltou

E deixou me afogar sem mais nada

Nesse mar noturno que estou...


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Os números morrem

Os segundos - correm

A areia escapa entre os dedos

Toda coragem é feita de medos

As fantasias sempre acontecem

Até dias mais claros - escurecem...


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Não me façam muitas perguntas

Por favor, apenas olhem...

Olhem o tamanho da estrada

E compreendam meu cansaço...

Olhem a amplitude da queda

E entendam a minha ferida...

Não lamentem comigo

Por favor, apenas olhem...


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Quando as luzes se apagam

E meus olhos fecham

Ainda assim posso ver teus olhos

Brilhando qual duas estrelas

No ponto mais longínquo que há

Talvez uma casa aqui perto

Nem se importando comigo...


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Se um dia fui feliz, não sei

A felicidade é quase invisível, sabe?

Se um dia fui feliz, desconheço

Ela é tão suave, não sentimos seu toque...

Se um dia fui feliz, ignoro

O amor é um veneno mortal, nem reparamos...

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