sábado, 16 de novembro de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 319

 

Vinte minutos para fazer um lanche.

Quinze minutos para ver as notícias.

Dez minutos para poder sentir raiva.

Cinco minutos para ter um sonho.

Três minutos para gozar de fama.

Um minuto para contar uma mentira.

Trinta segundos para perder um amigo.

Um segundo para poder se apaixonar.

Tudo é apenas questão de tempo...


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Deixe-me com meus muitos erros

Que poderão um dia serem acertos 

Deixe-me com minhas zangas e cismas

Fazem parte de mim e não posso evitar

Deixe-me com a minha sã teimosia

Amor não é coisa que se pode escolher

Deixe-me também com essa mania de voar

Já nasci com asas para isso mesmo...


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Foi num dia desses por aí

Que eu tentei fazer alguns versos desesperados

E ninguém entendeu, nem eu mesmo entendi...


Foi num dia desses por aí

Que eu te amei quando não era para amar

E você riu de mim e até eu mesmo ri...


Foi num dia desses por aí

Que eu mesmo achei que ainda estava vivo

Todos também acharam, mas eu morri...


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Permitam-me um pequeno poema

Para mais um dia com chuva

Onde não posso sair de casa

Pois tenho medo de cair na rua

Chuva com suas lágrimas de ofício

E com suas goteiras irritantes 

Nessa velha casa e na velha alma

Permitam-me calar mais uma vez...


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Cada figura desejada

Comida por meus antigos olhos

Tortos como estão hoje

Porém menos cansados...


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E essas olheiras são caminhos onde me perco

Só para poder me encontrar...

E essas curvas são onde eu derrapo

Mas para poder assim voar...

Nos dias de sol eu te encontro

E nos dias de chuva também...

Eis aí uma boa pergunta:

Como você consegue me fazer tão bem?


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Mais de meia-noite

Nunca quase meio-dia

Eu faço parte da turma

De pirilampos, corujas

E algum morcego também

E queremos comer 

Esse bolo bem redondo

Que é a lua cheia!

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