Vinte minutos para fazer um lanche.
Quinze minutos para ver as notícias.
Dez minutos para poder sentir raiva.
Cinco minutos para ter um sonho.
Três minutos para gozar de fama.
Um minuto para contar uma mentira.
Trinta segundos para perder um amigo.
Um segundo para poder se apaixonar.
Tudo é apenas questão de tempo...
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Deixe-me com meus muitos erros
Que poderão um dia serem acertos
Deixe-me com minhas zangas e cismas
Fazem parte de mim e não posso evitar
Deixe-me com a minha sã teimosia
Amor não é coisa que se pode escolher
Deixe-me também com essa mania de voar
Já nasci com asas para isso mesmo...
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Foi num dia desses por aí
Que eu tentei fazer alguns versos desesperados
E ninguém entendeu, nem eu mesmo entendi...
Foi num dia desses por aí
Que eu te amei quando não era para amar
E você riu de mim e até eu mesmo ri...
Foi num dia desses por aí
Que eu mesmo achei que ainda estava vivo
Todos também acharam, mas eu morri...
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Permitam-me um pequeno poema
Para mais um dia com chuva
Onde não posso sair de casa
Pois tenho medo de cair na rua
Chuva com suas lágrimas de ofício
E com suas goteiras irritantes
Nessa velha casa e na velha alma
Permitam-me calar mais uma vez...
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Cada figura desejada
Comida por meus antigos olhos
Tortos como estão hoje
Porém menos cansados...
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E essas olheiras são caminhos onde me perco
Só para poder me encontrar...
E essas curvas são onde eu derrapo
Mas para poder assim voar...
Nos dias de sol eu te encontro
E nos dias de chuva também...
Eis aí uma boa pergunta:
Como você consegue me fazer tão bem?
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Mais de meia-noite
Nunca quase meio-dia
Eu faço parte da turma
De pirilampos, corujas
E algum morcego também
E queremos comer
Esse bolo bem redondo
Que é a lua cheia!
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