domingo, 3 de novembro de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 315

Não estão mais aqui. Nenhum deles. Já sorriram e já choraram tudo o que puderam. Andaram por todos os caminhos possíveis. Amaram ou não. Foram com a idade que o destino lhes permitiu. Todos agora são lembranças ou nem isso. O papel agora os guarda, ou ainda, a internet em algum canto qualquer. Apenas imaginamos aonde estão. Um dia seremos nós. Mas, por enquanto quem os vê que compartilhe com os sorrisos, sobretudo das crianças, numa velha e bonita foto...


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Um caco poético

nem assim tão ético

Apenas calado

certo e errado

É apenas a vida

Mal percorrida

Estrada má

onde vai dar?

Um caco poético

ou um caos?


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Eu tenho medo de certas palavras, algumas delas. Muitas delas ferem mais do que espinhos. São certeiras com suas incertezas feito mísseis, mísseis que detonam e acabam tirando nosso ar. São palavras malvadas, mais aziagas do que pragas, mais malvadas do que maldições. Não adianta fugir delas, elas nos encontram, com seu faro mais do que certeiro, como cães farejadores...


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Caótica essa minha mente

Beirando o caos

Como quem colhe rosas

Para a amada

Em pleno front

Tristes esses meus olhos

Quase cegueira

Que fechei para não ver

Mais esta escuridão...


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Sinto falta de certas cenas que não registrei. Certas cenas que só o arquivo do coração consegue. Que a mente não colabora mais, pobre mente, já fez o que podia. A gaveta dos fatos anda mais do que cheia, mas ninguém, na verdade, tem culpa alguma. A fila dos dias anda pelo calendário, procissão pelas ruas da cidade, rio que mesmo cansado continua. Queira eu achar a chave desta gaveta...


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Versos pobres que nem o poeta

Uma cena insípida e incolor

Versos teimosos que nem o poeta

De andar por estes labirintos

Versos rudes que nem o poeta

Brincando em camas de pregos...


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Teimosia. Socos em pedras. Minha testa nas paredes. Labirintos evidentes em redes sociais. Roer os ossos e jogar a carne fora. Dar bom dia aos postes. Ser aquilo que não é. Chorar calado e sem lágrimas. Flertar com o impossível. Tentar segurar nuvens com os pés. Inovar com antiguidades. Amar em números imprecisos. Questionar todas as regras. Ser o herói do nada. Esquecer as asas e pular. Quem trouxe os fósforos?

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