...............................................................................................................
Um caco poético
nem assim tão ético
Apenas calado
certo e errado
É apenas a vida
Mal percorrida
Estrada má
onde vai dar?
Um caco poético
ou um caos?
...............................................................................................................
Eu tenho medo de certas palavras, algumas delas. Muitas delas ferem mais do que espinhos. São certeiras com suas incertezas feito mísseis, mísseis que detonam e acabam tirando nosso ar. São palavras malvadas, mais aziagas do que pragas, mais malvadas do que maldições. Não adianta fugir delas, elas nos encontram, com seu faro mais do que certeiro, como cães farejadores...
...............................................................................................................
Caótica essa minha mente
Beirando o caos
Como quem colhe rosas
Para a amada
Em pleno front
Tristes esses meus olhos
Quase cegueira
Que fechei para não ver
Mais esta escuridão...
...............................................................................................................
Sinto falta de certas cenas que não registrei. Certas cenas que só o arquivo do coração consegue. Que a mente não colabora mais, pobre mente, já fez o que podia. A gaveta dos fatos anda mais do que cheia, mas ninguém, na verdade, tem culpa alguma. A fila dos dias anda pelo calendário, procissão pelas ruas da cidade, rio que mesmo cansado continua. Queira eu achar a chave desta gaveta...
...............................................................................................................
Versos pobres que nem o poeta
Uma cena insípida e incolor
Versos teimosos que nem o poeta
De andar por estes labirintos
Versos rudes que nem o poeta
Brincando em camas de pregos...
...............................................................................................................
Teimosia. Socos em pedras. Minha testa nas paredes. Labirintos evidentes em redes sociais. Roer os ossos e jogar a carne fora. Dar bom dia aos postes. Ser aquilo que não é. Chorar calado e sem lágrimas. Flertar com o impossível. Tentar segurar nuvens com os pés. Inovar com antiguidades. Amar em números imprecisos. Questionar todas as regras. Ser o herói do nada. Esquecer as asas e pular. Quem trouxe os fósforos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário