Quando haverá sol novamente?
Quando haverão outros dias?
Poderei sorrir mais uma vez?
As guerras deixarão de acontecer?
O homem deixará de explorar outro?
Belas canções poderão serem feitas?
Os carnavais ficarão de uma vez?
A tristeza irá embora daqui?
Quando parará essa chuva malvada?
Quando? Quando? Quando?
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Todos morremos todos os dias
Junto com o amor que foi embora
Pela traição de quem se dizia amigo
Com a má notícia mostrada
Com a lágrima que caiu no rosto
Foi o golpe que acabou nos ferindo
O tapa que ganhamos sem merecer
O caminho em que nos perdemos
Todos morremos todos os dias...
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Nunca duvide da dúvida
Haverão dias bons e dias ruins
Nunca maldiga da sorte
Ela é simplesmente o que é
Não conte nunca as estrelas
Isso acaba nos viciando
As nuvens são bons brinquedos
Nunca duvide da dúvida...
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A boca fechada
Os olhos abertos
Para a escuridão da noite...
O que eu mais queria?
Beijar essa tua boca
Até nosso pleno cansaço...
A boca fechada
Os olhos fechados
Para a minha escuridão...
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Nada mais que uma poesia torta
Feito meus olhos de tanto tempo
Olhos que olham em silêncio
Como estarão em meu funeral
(Fechados de uma vez agora com sono)...
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Pois a presença da tua ausência
Dói bem mais que um espinho.
E esse medo me faz correr tanto
Mesmo que não saia deste lugar.
Um labirinto pior que o de Creta
É onde a minha alma percorre.
Como ouso tanto desse jeito
A querer voar como os pássaros?...
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Somos das cavernas
Mesmo sob o plástico e o concreto
Somos tão arcaicos
Ainda que com toda a tecnologia
Somos muito cruéis
Até quando falamos docilidades
Somos tão idiotas
Sobretudo quando damos as cartas...
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