sábado, 23 de novembro de 2024

Momo Sapiens


Pensa que sabe, mas não sabe

Pensa que quer, mas não quer

Pensa que tem, mas não tem


Poesia sem qualquer graça

De dedos sujos na tela...


Acha que é rei, mas é escravo

Acha que é feliz, mas é triste

Acha que é esperto, mas é otário


Mosca pousando na merda

E depois na comida...


Se sente bonito, mas é tosco

Se sente bom, mas é malvado

Se sente o campeão, mas é perdedor


Anomalia que se espalha

Destruindo tudo que vê...


Morre de fome, mas desfila

Morre de inveja, mas é enganado

Morre de sono, mas não dorme


Carnaval provido de pleno luto

Morte desfilando na avenida...


(Extraído do livro "Pane Na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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