quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 207

Feroz, 

Atroz,

Sem voz,

Num canto,

Quebranto,

Olhe cá o acalanto...


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Ainda continua...

O lutador foi na lona

Mas está respirando...

Um gosto de sangue

Invade sua boca

E algum objeto quase estranho

Agora lhe dói (mais um dente?)...

A vista embaça...

Roda a cabeça 

Carrossel sem música e desagradável...

Alguém conta ao longe

É hora de levantar!

Ainda continua...!


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Num pé-de-pau

num pé de mal

num pede sal

Cara feia pra mim é estética

Num pé-de-vento

num pé de tento

num pede lento

Tudo parado pra mim é estática....


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Quase pouco

mas quase pleno,

quase louco

mas também sereno,

numa agitação 

de pé e mão...


Quase aqui

mas quase lá,

quase morri

mas também brincar,

numa inocência

de fé e ciência...


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A estética é má

Vira o rosto para quase

Todos os cantos possíveis

Pede ajuda à logica

Para um nem é nem cabeça

Foge pelas saídas

Sem emergência

Mostra a língua

O dedo do meio

Taca o pedra

Quebra a vidraça

Jura que não foi ela...


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Eu me reinvento cada instante

na corda bamba da vida...

Desconheço quantas vezes

terei para isso...

Cada instante é uma surpresa

e até a alegria vem tipo susto...

Eu me resisto até não poder mais

e a fantasia um velho pedaço de pão

que achei tão contente no lixo...


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Fujo de mim como o diabo foge da cruz,

de minhas misérias, de minhas limitações,

e, sobretudo, dos meus sonhos impossíveis...

Fujo de mim como um cão assustado,

que estão jogando inúmeras pedras,

e, ainda mais, ocasionam muitas feridas...

Fujo de mim como o pássaro da atiradeira,

um dia cairei lá do alto, tiro certeiro

e não poderei nunca mais voar por aí...

Fujo de mim como quem foge do espelho,

já acordei, mas ainda tenho algum sono,

nem sei ao menos como será meu dia...


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