Feroz,
Atroz,
Sem voz,
Num canto,
Quebranto,
Olhe cá o acalanto...
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Ainda continua...
O lutador foi na lona
Mas está respirando...
Um gosto de sangue
Invade sua boca
E algum objeto quase estranho
Agora lhe dói (mais um dente?)...
A vista embaça...
Roda a cabeça
Carrossel sem música e desagradável...
Alguém conta ao longe
É hora de levantar!
Ainda continua...!
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Num pé-de-pau
num pé de mal
num pede sal
Cara feia pra mim é estética
Num pé-de-vento
num pé de tento
num pede lento
Tudo parado pra mim é estática....
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Quase pouco
mas quase pleno,
quase louco
mas também sereno,
numa agitação
de pé e mão...
Quase aqui
mas quase lá,
quase morri
mas também brincar,
numa inocência
de fé e ciência...
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A estética é má
Vira o rosto para quase
Todos os cantos possíveis
Pede ajuda à logica
Para um nem é nem cabeça
Foge pelas saídas
Sem emergência
Mostra a língua
O dedo do meio
Taca o pedra
Quebra a vidraça
Jura que não foi ela...
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Eu me reinvento cada instante
na corda bamba da vida...
Desconheço quantas vezes
terei para isso...
Cada instante é uma surpresa
e até a alegria vem tipo susto...
Eu me resisto até não poder mais
e a fantasia um velho pedaço de pão
que achei tão contente no lixo...
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Fujo de mim como o diabo foge da cruz,
de minhas misérias, de minhas limitações,
e, sobretudo, dos meus sonhos impossíveis...
Fujo de mim como um cão assustado,
que estão jogando inúmeras pedras,
e, ainda mais, ocasionam muitas feridas...
Fujo de mim como o pássaro da atiradeira,
um dia cairei lá do alto, tiro certeiro
e não poderei nunca mais voar por aí...
Fujo de mim como quem foge do espelho,
já acordei, mas ainda tenho algum sono,
nem sei ao menos como será meu dia...
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