terça-feira, 22 de novembro de 2022

Cemitério de Pássaros


A tua chance acabou,

a fantasia rasgou,

sonho? Não tem mais...

A guerra foi declarada,

claro que não foi nada,

foram meros temporais...


A morte descansou em pequenos túmulos,

vemos lápides de tantas perdas e acúmulos,

vemos anonimatos e fatos dignos de nota,

aquele vencedor e o que abraçou a derrota...


A tua encomenda chegou,

teu cão não avisou,

desejo? Não tem mais...

A vulgaridade foi aplaudida,

é o que chamamos vida,

não haverão festivais...


A morte arrumou os seus canteiros,

bem vindos conhecidos e forasteiros,

todos aqui chegam ao mesmo destino,

o rico e o pobre, o velho e o menino...


O teu ar já cessou,

o tempo que roubou,

ir por aí? Não tem mais...

Agora só há essa casa,

sem voar mesmo com asa,

pode descansar em paz...

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