Estático -
o dia como todos os dias o são...
Ilusão nossa -
o tempo usa sua máscara
acaba existindo o inexistente...
Os pássaros acabam colaborando...
O mesmo canto nos engana
Pois a novidade envelheceu...
As ruas -
continuam com a mesma cara...
Os versos -
repetem sua mediocridade e batem no peito:
- Mea culpa! Mea culpa! Mea culpa!
Enquanto a sinceridade
ensaio um novo tango sem sentido...
Esperem! -
disse a Morte procrastinando
seu último dever de casa...
Escuto o barulho de águas
Caindo sobre mim...
Não sei -
se o amor estava vindo ou indo,
trens ou barcos são assim...
Tão forte -
como uma pedra teimosa
em ser mais que a maldade
da destruição aos poucos....
E fraco -
como a ternura que engana
e domina tudo e todos...
Numa foto -
o rio passou e não passou
o que passa são olhos...
Aquele menino
sou eterno...
Nenhum comentário:
Postar um comentário