É um rio esse que me encontro
Quem dera fosse logo um mar...
Um rio de tempo
Escuro e muito hostil
Onde mil rostos sem expressão
Desfilam ante meus olhos
Manhãs vindo e manhãs indo
Sem que eu entenda o porquê...
É um rio esse que me encontro
Quem dera fosse apenas um sonho...
Um rio tão malvado
E meu barco quase naufraga
Sem vilarejos onde atracar
E sem ribeirinhos pra socorrer
Pedras e pedras no percurso
Até que a avaria venha...
É um rio esse que me encontro
Quem dera levasse em algum lugar...
Um rio que chegará um dia
E todas as águas serão tão iguais
Tranquilo como nunca antes foi
Sereno como nunca é
Com cores nunca antes vistas
Por esses meus pobres olhos...
É um rio esse que me encontro
Indo da vida para a morte certamente...
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