quarta-feira, 20 de julho de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 184

Disse que não queria,

Mas quis...

Falei que viraria as costas,

Sairia andando

E não retornaria mais...

Não era comigo,

Não me importaria,

Apático, indiferente

À todas as armadilhas 

Inventadas e existentes...

Disse que não queria,

Mas quis...


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É normal não ser normal

Vou pegar uma estrela e volto já!

Como? Na mão, é claro!

Estrelas pegamos com a mão,

Voamos, voamos, até chegar pertinho

E num golpe só - zás!


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Esquecido... Lembrado...

Depois que a morte chega, o que isso importa?

Falam tanto de lembrança,

Mas a lembrança também está morta...!

A parede um dia cairá,

Suas cores antes disso morrerão.

O calor do dia será tornará frio,

O calor vai embora com o verão...

Esquecido... Lembrado...

Fiz muitos versos, um ou outro se perdeu...

Só sobrado meu nome na lápide...

E, afinal... quem fui eu?


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Coisas fúteis, coisas banais. Assim vamos, ora lentamente, ora apressados. Apressados para que? Para tudo ou para nada, tanto faz. A certeza está em falta no mercado. Filas, filas e filas. Viramos figurinhas de algum álbum antigo, algumas comuns e outras nem tanto. Tudo acaba dando em nada, nenhuma história foi feliz afinal. Quem fez as nossas contas, desconhecia as quatro operações. As janelas dos carros são apenas janelas. E as notícias são repetidas com acentuada indiferença maquiada com falsas emoções...


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Pendentes em pingentes

Nossas antigas taras

Somos indigentes

De anomalias raras


Sonhar e sonhar...


Estamos estáticos

Nosso senso comum

Somos práticos

De jeito nenhum...


Sonhar e sonhar...


Embelezamos nossos pesadelos...


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Tudo é bom e mau - não duvide

Tudo é vida e morte - simultaneamente

Tudo causa alegria e dor - assim mesmo

Tudo choca e acalma - como temporais

Somos apenas a dualidade presente

E anjos e demônios cantam em coro

Nas profundezas de nossa pobre alma...


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Ponto final

Ponto e sinal

Ponto afinal

Ponto legal

Acabei dançando feito demente

Minha rede social urgente

Preciso isolar-me na multidão

Antes do meu ataque do coração

É fato mais que consumado

Estar certo mesmo quando errado

Ponto final

Ponto e tal

Ponto afinal

Ponto ilegal...


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