quarta-feira, 6 de julho de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 179

 

Apenas acabou...

A esperança que teimava,

A alma que sonhava,

A nuvem que flutuava...

Apenas acabou...

O tempo e a mocidade,

Os encantos da cidade,

Essa tal de felicidade...

Apenas acabou...


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a arma disparada

o brilho da lâmina

sem motivo sequer

estrelas sem dono

cão na rua deserta

cessar-fogo trágico

os planos falharam

não há meio-dia...


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Segue o som

Segue a rotina do inusitado

Somos cavaleiros andantes sem cavalos

Pago meu pecado

Somente em cartão de crédito

Em muitas prestações

À perder de vista

Quase ficamos cegos

Mero erro de cálculo

Até isso dá samba...


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Brilho dos metais

Brilho dos teus olhos desiguais

De dia calmaria

De noite temporais

Brilho dos faróis

Brilho das ilusões ai de nós

De dia gritando

De noite perde a voz


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Meu coração em vários ritmos

A alma em vários tons

Como uma mistura incomum

Que sai quebrando espelhos

Em manhãs tímidas

Onde o sol atrapalha o sono

Um sol de milhares de anos

Que cai diretamente 

Em minha deslavada cara


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Nenhuma manhã possui nitidez

A fumaça dos carros acaba nos cegando...

Nenhum dia possui alguma paz

Ligue nos noticiários e veja isso...

Nenhuma ambição acaba morrendo

Somos cães brigando pelos ossos...

Nenhuma mentira termina se calando

Muitos juram que são felizes e nunca foram...

Nenhuma nuvem permanece nos céus

Assim como as folhas um dia cairão...

Nenhum amor acaba morrendo de vez

Pode apenas se transformar em outro...


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Lentamente...

Todas águas na verdade são

Mesmo parecendo o oposto...

Caem bonitas...

Um verdadeiro espetáculos...

Bonitos mergulhos de nuvens...

Mesmo que nos molhem

E pareçam nos maltratar...

Todas as chuvas são bonitas

Mas nem todos os choros...


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