A esperança que teimava,
A alma que sonhava,
A nuvem que flutuava...
Apenas acabou...
O tempo e a mocidade,
Os encantos da cidade,
Essa tal de felicidade...
Apenas acabou...
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a arma disparada
o brilho da lâmina
sem motivo sequer
estrelas sem dono
cão na rua deserta
cessar-fogo trágico
os planos falharam
não há meio-dia...
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Segue o som
Segue a rotina do inusitado
Somos cavaleiros andantes sem cavalos
Pago meu pecado
Somente em cartão de crédito
Em muitas prestações
À perder de vista
Quase ficamos cegos
Mero erro de cálculo
Até isso dá samba...
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Brilho dos metais
Brilho dos teus olhos desiguais
De dia calmaria
De noite temporais
Brilho dos faróis
Brilho das ilusões ai de nós
De dia gritando
De noite perde a voz
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Meu coração em vários ritmos
A alma em vários tons
Como uma mistura incomum
Que sai quebrando espelhos
Em manhãs tímidas
Onde o sol atrapalha o sono
Um sol de milhares de anos
Que cai diretamente
Em minha deslavada cara
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Nenhuma manhã possui nitidez
A fumaça dos carros acaba nos cegando...
Nenhum dia possui alguma paz
Ligue nos noticiários e veja isso...
Nenhuma ambição acaba morrendo
Somos cães brigando pelos ossos...
Nenhuma mentira termina se calando
Muitos juram que são felizes e nunca foram...
Nenhuma nuvem permanece nos céus
Assim como as folhas um dia cairão...
Nenhum amor acaba morrendo de vez
Pode apenas se transformar em outro...
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Lentamente...
Todas águas na verdade são
Mesmo parecendo o oposto...
Caem bonitas...
Um verdadeiro espetáculos...
Bonitos mergulhos de nuvens...
Mesmo que nos molhem
E pareçam nos maltratar...
Todas as chuvas são bonitas
Mas nem todos os choros...
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