domingo, 10 de julho de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 181

Não ando de bicicleta,

Nunca andarei,

A coisa é secreta,

Não saberei,

A pedra é concreta,

Eu lá tropecei,

A estrada é reta,

De lá me desviei...


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Velhas figuras me fazendo chorar

Não consegui acompanhar o vento

Quando cheguei cheguei atrasado

Já estava no final da festa

Velhas canções me maltratando

O coração repete indefinidamente

Eu sou aquela velha sombra

Que ainda espreita pela madrugada...


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Todos inocentes

E ao mesmo tempo - culpados

As estrelas brilham indiferentes

Cumprindo apenas seu papel....

Todos em seu tempo

E mesmo assim perdidos nele

São muitos labirintos

Que não cabem nos versos...

Todos os carros

Trafegando como monstros

Enquanto procuro minha ternura

Que perdi numa rua por aí...


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Pequeno como qualquer coisa

desconheço grandes temas

Não mirarei para montanhas

e também não gritarei com o mar

Talvez as nuvens me bastam

e um silêncio inquietante

Como quem vai morrer

Mas desconhece o momento...


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Um solo sem dolo

Tentei fazer mas não o consegui

Um solo fui tolo

E acabei saindo por aí

Amor, acenda logo essa pira

Cansado estou

E preciso me deitar...


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Já falei de tudo que podia

E do que não podia também

Já acendi a luz do dia

E não achei um porém

Meu segredo ninguém saberia

Era te querer tanto bem


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Como numa grande corrida

Os dias disputam entre si

Quem ganhará a disputa?

Jogam suas cartas:

Manhãs, tardes, noites, madrugadas.

Cantam suas canções de sóis e chuvas,

Regem os concertos de passarinhos,

Pintam suas telas de nuvens...

Quem é o vencedor?

Nenhum deles, todos morrem...


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