Não ando de bicicleta,
Nunca andarei,
A coisa é secreta,
Não saberei,
A pedra é concreta,
Eu lá tropecei,
A estrada é reta,
De lá me desviei...
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Velhas figuras me fazendo chorar
Não consegui acompanhar o vento
Quando cheguei cheguei atrasado
Já estava no final da festa
Velhas canções me maltratando
O coração repete indefinidamente
Eu sou aquela velha sombra
Que ainda espreita pela madrugada...
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Todos inocentes
E ao mesmo tempo - culpados
As estrelas brilham indiferentes
Cumprindo apenas seu papel....
Todos em seu tempo
E mesmo assim perdidos nele
São muitos labirintos
Que não cabem nos versos...
Todos os carros
Trafegando como monstros
Enquanto procuro minha ternura
Que perdi numa rua por aí...
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Pequeno como qualquer coisa
desconheço grandes temas
Não mirarei para montanhas
e também não gritarei com o mar
Talvez as nuvens me bastam
e um silêncio inquietante
Como quem vai morrer
Mas desconhece o momento...
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Um solo sem dolo
Tentei fazer mas não o consegui
Um solo fui tolo
E acabei saindo por aí
Amor, acenda logo essa pira
Cansado estou
E preciso me deitar...
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Já falei de tudo que podia
E do que não podia também
Já acendi a luz do dia
E não achei um porém
Meu segredo ninguém saberia
Era te querer tanto bem
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Como numa grande corrida
Os dias disputam entre si
Quem ganhará a disputa?
Jogam suas cartas:
Manhãs, tardes, noites, madrugadas.
Cantam suas canções de sóis e chuvas,
Regem os concertos de passarinhos,
Pintam suas telas de nuvens...
Quem é o vencedor?
Nenhum deles, todos morrem...
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