sexta-feira, 29 de abril de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 164

 


Maria de dias e dias

Mania de muitos sóis

Acabei desentendendo tudo

Menos de nuvens que sorriem

Praças cheias de encantos

E mares de espertas espumas

Mania de dias e dias

Marina de muitos sóis


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De todas as madrugadas - apenas uma 

Uma só...

De todos os amores - só um perfeito

Apenas um...

De todos os sonhos - só um satisfeito

Só um deles...

De todas ilusões - eis a única

Acorde logo...


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Toda felicidade morta

Toda fidelidade torta

A necessidade engoliu a cidade

O tempo faleceu anteontem

É apenas uma calamidade

Ter que atravessar a ponte

Toda felicidade corta

Toda infidelidade suporta


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Sem atiradeira

Eu era malvado, mas amigo dos passarinhos

Achava bonito até umas flores sem nome

Que parecem com eles de asas abertas

Passarinho na cor lilás que nem vejo mais

Do quintal baldio (selva para mim)

Que não existe mais e nunca mais vi


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Comprem-me rapidamente um barco

Preciso dele com muita urgência

O mar me espera já faz muito tempo

Muitas marés vieram e foram embora

Assim como as luas passearam no céu

Eu nunca fui barqueiro mas preciso

Ir navegando por esse mar infinito...


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Todas as vidas são escritas

estão escritas

Não necessariamente com palavras

algumas nem tempo para isso tiveram

Mas mesmo essas

trazem indelevelmente na história

a marca da sua presença...


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Segredos de gaveta

Segredos de armário

A imaginação apronta conosco

Vive rindo quando dá sustos

Adora fazer surpresas

Transforma sombras em monstros

E pedras em flores

E nos faz imaginar felizes

Mesmo quando nunca fomos


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