terça-feira, 19 de abril de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 160

 

Vejo pássaros num céu sem nuvens

Em que um sol se explode em mil cores

Uma explosão feita de alegria

Enfeitada de muitos e muitos amores


Vejo declarações de paz assinadas

Em um mundo que se acabou a tristeza

Um novo mundo sem velhos erros

E sem aquela velha incerteza


Maldito relógio que despertou

e me acordou dessa utopia...


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Todo poeta é um louco

Mesmo se está disfarçado

Ele dá piruetas e faz caretas

Quando não é observado


Se o filmassem assim

Ficaria bem complicado

Com o seu psiquiatra

Já tinha encontro marcado


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Um estalo de dedos

Um flash explodindo

O repente chegou!

Aonde estiver não importa

Preciso escrever rápido!

A inspiração não avisa

E nem se demora...


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Moço, me dá um trocado?

Uma moedinha só já basta,

é mais do que o suficiente...

Não é para comprar bebida

e nem para comprar doce...

Poderia ser para comprar pão,

mas já me acostumei com a fome...

Poderia querer viajar por aí,

mas uma moeda só não dá...

Moço, me dá um trocado?

É para guardar a moedinha no bolso

e fingir que é um sonho que guardei...


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Transborda pela borda

nem eu mesmo sabia 

o que aconteceria

se não fossem uns versos vadios

por esses dias feios e frios

Nas praças não há pombos

só folhas e seus tombos

Um coro infantil fala sandices...


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Um coro de bobos

Na perfomance da moda

A nudez disfarçada

De almas mortas

Tudo se vende

Os brechós estão cheios

Os camelôs precisam comer

A máquina do mundo também

As engrenagens precisam 

Estar lubrificadas com sangue


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o que falta o que sobra

um mundo de acentuação trocada

figuras de linguagem erronêas

nossa idiotice contumaz

os tiros saindo pela culatra

os gatos entrando na tuba

e os siris em seu desespero na lata

o que acerta o que erra

uma sociedade de contra-sensos

onde quem é pior vale mais

caprichem nos seus desafinos

aí vem o politicamente abjeto

nunca ponha a mão no fogo

para não vir a virar churrasco


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