terça-feira, 12 de abril de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 157

  

Ainda que fale atrocidades 

- não mentirei

Gosto que os azuis azuis sejam

e apenas isso...

Mesmo que o tempo destrua

guardo em meus bolsos

Como uma solidão que dói

pois é espinho...

Muitos foram o espinhos

e mesmo assim cerrei os punhos...


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Todas as juras se acabaram

Estou numa grande fila

Como todos os idiotas

Não preciso de mais precisão alguma

Talvez um tiro ou outro

Acabe finalmente acertando o alvo

Vez ou outra antigos crochês impossíveis

Ainda me fazem chorar...


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Não dá para esconder

As provas do meu crime estão evidentes

O sangue tinge minhas mãos absurdamente

E apenas um ar tem pena de mim...

Eu não esperei a chuva cair

Usei o sol como testemunha ocular

Para o mais hediondo de todos os crimes -

Eu mesmo matei meu sonho...


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Queria poemas leves

queria sim

Bordados à mão

com alguma inocência

ou primitivismo

Queria poemas doces

sem dúvida

como uma ternura

que até me doesse

Queria manhãs eternas

como outros poetas

mas somente a tristeza

bateu em minha porta

e tive que abrir a porta...


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Todo eterno é comum

vejam o azul e saibam

Mesmo teorias contra

lá está como sempre

Toda ternura dói mesmo

mesmo assim queremos

A simplicidade vem

sem nos avisar

Toda lembrança aflige

mesmo quando esquecemos...


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Rápido como um caracol o tempo anda

Ele parece rápido, mas não é

Ele parece ser cruel, mas obedece ordens

Somos nós, os grandes iludidos,

Que o manipulamos em nossas mãos

E geralmente isso pode ser ruim

Pois sempre o perdemos em vão...


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O pássaro em meu coração ferido está

Recebeu uma pedra malvada e caiu

Foi ao chão e ao céu não retornou

Não cantará mais suas canções

Nem poderá mais alegrar os dias

Quem foi esse menino malvado que fez isto?

Esse menino malvado tem o meu nome...


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