quinta-feira, 14 de abril de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 158

Tudo precisa de chão

Assim como alegrias

Das tristezas,

Sem elas não serão alegrias,

Apenas um lugar-comum...

Toda altura

Necessita da vertigem,

Sem noção de altura,

Nada estaremos fazendo,

Não faremos céus...


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Separo uns trocados na carteira...

A felicidade pode ser comprada?

Separo uns sorrisos no meu rosto...

Para dá-los na hora mais certa...

Eu sou apenas mais um andarilho

Que assobia velhas canções

Com um pouco de esperança que sobrou...


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A rosa não tem um nome só

Possui todos eles de uma vez

Cada nome para uma cor

Cada cor para um dia

Cada dia uma canção diferente

Uma canção diferente

Saindo da garganta de um pássaro

Mesmo com toda tristeza

Nunca a beleza some de vez


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Ele caminha com as mãos nos bolsos como estivesse frio, mas não está. Sua cabeça está baixa como se levasse o peso do mundo nos ombros. Seu rosto aparenta estar triste, mas nem está triste, nem está alegre. Talvez esteja um pouco preocupado como muitos, mas nem tanto assim. Ele apenas vai e vai, assobiando uma canção bem antiga, daquelas que muitos desconhecem...


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Todo canto

Esse e aquele

Ecoam de uma boca

Vindos de um peito qualquer

Toda vida

Essa e aquela

Possuem a teimosia

Mesmo quando há morte

Todo o sonho

Esse e aquele

Serão sempre eternos

Mesmo parecendo que acabam

Todo o amor

Esse e aquele

Continuam queimando

Como uma chama sem apagar...


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Tem pena de mim passarinho

Eu um dia também fui 

E hoje não sou mais

Eu também conhecia os céus

Que hoje desconheço

Perdi o endereço das nuvens

E mal conheço 

O que eu chamo de ninho

Quero reaprender a cantar

Como em tempos antes

E que esqueci completamente...


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Em outras eras

Haviam passados carnavais

Que eu brincava

O menino usava cores

Como poucos faziam 

Em outras eras

O carro solene andava

Em muitas ruas

Mesmo com chuvas feias

E ruas de barro

Em outras eras

Havia um menino

Que fazia tudo isso

E muitas outras coisas

Mas que não faz mais nada...


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