Tudo precisa de chão
Assim como alegrias
Das tristezas,
Sem elas não serão alegrias,
Apenas um lugar-comum...
Toda altura
Necessita da vertigem,
Sem noção de altura,
Nada estaremos fazendo,
Não faremos céus...
...............................................................................................................
Separo uns trocados na carteira...
A felicidade pode ser comprada?
Separo uns sorrisos no meu rosto...
Para dá-los na hora mais certa...
Eu sou apenas mais um andarilho
Que assobia velhas canções
Com um pouco de esperança que sobrou...
...............................................................................................................
A rosa não tem um nome só
Possui todos eles de uma vez
Cada nome para uma cor
Cada cor para um dia
Cada dia uma canção diferente
Uma canção diferente
Saindo da garganta de um pássaro
Mesmo com toda tristeza
Nunca a beleza some de vez
...............................................................................................................
Ele caminha com as mãos nos bolsos como estivesse frio, mas não está. Sua cabeça está baixa como se levasse o peso do mundo nos ombros. Seu rosto aparenta estar triste, mas nem está triste, nem está alegre. Talvez esteja um pouco preocupado como muitos, mas nem tanto assim. Ele apenas vai e vai, assobiando uma canção bem antiga, daquelas que muitos desconhecem...
...............................................................................................................
Todo canto
Esse e aquele
Ecoam de uma boca
Vindos de um peito qualquer
Toda vida
Essa e aquela
Possuem a teimosia
Mesmo quando há morte
Todo o sonho
Esse e aquele
Serão sempre eternos
Mesmo parecendo que acabam
Todo o amor
Esse e aquele
Continuam queimando
Como uma chama sem apagar...
...............................................................................................................
Tem pena de mim passarinho
Eu um dia também fui
E hoje não sou mais
Eu também conhecia os céus
Que hoje desconheço
Perdi o endereço das nuvens
E mal conheço
O que eu chamo de ninho
Quero reaprender a cantar
Como em tempos antes
E que esqueci completamente...
...............................................................................................................
Em outras eras
Haviam passados carnavais
Que eu brincava
O menino usava cores
Como poucos faziam
Em outras eras
O carro solene andava
Em muitas ruas
Mesmo com chuvas feias
E ruas de barro
Em outras eras
Havia um menino
Que fazia tudo isso
E muitas outras coisas
Mas que não faz mais nada...
...............................................................................................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário