Nada mais que o metal
E parasitas suicidas
Em plena ópera sem som...
Vamos pular pelos galhos
Em toda inércia movimentada
De um disco mais antigo...
Coloque azeite de dendê
Neste meu doce e naquele
Para ver se o alvo atinge o tiro...
Vou correndo no shopping novo
Para comprar as baratas
Que estiverem em liquidação...
O ganhador do Nobel
Usará o dinheiro do prêmio
Para poder se alfabetizar...
A lourinha ganha seu pix
Mostrando a sua bunda
E depois de gozar - reza...
Morder a língua é esporte
Que exige muita concentração
E também andar de bicicleta...
Hoje o morto saiu sambando
Enquanto bebia uma cachaça
E ia rindo de nós - os vivos...
Ele meteu o dedo na tomada
Mas acabou se esquecendo
Que isso era apenas seu vício...
Queremos cascas de nozes
Para fazer um novo piano
Ou um novo moletom amarelo...
Estar numa sala de estar
Exige requintes de crueldade
Ou ainda extrema burguesia...
Em nosso esperado futuro
O rei é que vai roer a roupa
Do rato mais romano que houver...
Nada mais que o plástico
E novas doenças planeadas
Em plena surdez ruidosa...
(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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