domingo, 2 de novembro de 2025

Tragédia Moderna Com Requintes de Antiga

 

Nada mais que o metal

E parasitas suicidas

Em plena ópera sem som...


Vamos pular pelos galhos

Em toda inércia movimentada

De um disco mais antigo...


Coloque azeite de dendê

Neste meu doce e naquele 

Para ver se o alvo atinge o tiro...


Vou correndo no shopping novo

Para comprar as baratas

Que estiverem em liquidação...


O ganhador do Nobel

Usará o dinheiro do prêmio

Para poder se alfabetizar...


A lourinha ganha seu pix

Mostrando a sua bunda

E depois de gozar - reza...


Morder a língua é esporte

Que exige muita concentração

E também andar de bicicleta...


Hoje o morto saiu sambando

Enquanto bebia uma cachaça

E ia rindo de nós - os vivos...


Ele meteu o dedo na tomada

Mas acabou se esquecendo

Que isso era apenas seu vício...


Queremos cascas de nozes

Para fazer um novo piano

Ou um novo moletom amarelo...


Estar numa sala de estar

Exige requintes de crueldade

Ou ainda extrema burguesia...


Em nosso esperado futuro

O rei é que vai roer a roupa

Do rato mais romano que houver...


Nada mais que o plástico

E novas doenças planeadas 

Em plena surdez ruidosa...


(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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