domingo, 30 de novembro de 2025

Laetitia Morbida

Sobrou uma moeda

De troco pelo que não paguei

Sorri no canto da boca

Daquilo que não achei graça...


Esperei pelo barco

Que talvez nunca retornasse

Depois da tempestade

Que acontece diariamente...


Comemorei o título

Do time que eu não torço

E fiz um carnaval

No dia dois de novembro...


Dormi no temporal

Durante a noite inteira

Mas não acordei 

Para me ver eu indo...


Me fiz escravo

Destes ideais copiados

E fiquei ferido

Por todos meus espinhos...


Acabei corrompido

Tal qual um político

Não sei a medida

Dos meus desperdícios...


O carrossel parou

No meio da brincadeira

E eu não sabia mais

Para onde iria então fugir...


Tudo é tão mórbido

Mesmo se não foi antes

E até a nossa alegria

Pode ser enfim desse jeito...


(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pois Todo Tempo É Pouco

Todo tempo é pouco, muito pouco... Para ir ao encontro de coisas simples, para os gestos mais singelos, para beijos escondidos, para uma ter...