Sobrou uma moeda
De troco pelo que não paguei
Sorri no canto da boca
Daquilo que não achei graça...
Esperei pelo barco
Que talvez nunca retornasse
Depois da tempestade
Que acontece diariamente...
Comemorei o título
Do time que eu não torço
E fiz um carnaval
No dia dois de novembro...
Dormi no temporal
Durante a noite inteira
Mas não acordei
Para me ver eu indo...
Me fiz escravo
Destes ideais copiados
E fiquei ferido
Por todos meus espinhos...
Acabei corrompido
Tal qual um político
Não sei a medida
Dos meus desperdícios...
O carrossel parou
No meio da brincadeira
E eu não sabia mais
Para onde iria então fugir...
Tudo é tão mórbido
Mesmo se não foi antes
E até a nossa alegria
Pode ser enfim desse jeito...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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