Mesmo subindo
...
...
...
descendo...
Quanto mais prédios
menos pertos dos céus...
Quanto mais ricos
somos mais miseráveis...
Quanto mais inteligentes
estamos mais tolos...
Mesmo vivendo
...
...
...
morrendo...
Quanto mais tecnologia
vivemos nas cavernas...
Quanto mais solidários
aumenta nossa apatia...
Quanto mais sonhando
temos mais pesadelos...
Mesmo voando
...
...
...
caindo...
Quanto mais gritando
ficamos calados...
Quanto mais coloridos
mais ficamos cinzas...
Quanto mais famosos
somos desprezados...
Mesmo protegidos
...
...
...
desamparados...
Quanto mais quentes
mais ficamos gelados...
Quanto mais contentes
aí é que choramos...
Quanto mais na folia
é que temos mais luto...
Mesmo comendo
...
...
...
esfomeados...
Quanto mais festejamos
é o nosso velório...
Quanto mais sanidade
mais enlouquecidos...
Quanto mais nosso amigo
nosso maior traidor...
Mesmo subindo
...
...
...
descendo...
descendo...
descendo...
(Extraído do livro "Pane Na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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