domingo, 22 de dezembro de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 328

 


O lado esquerdo

A mão esquerda

O coração

As nuvens calmas

A tempestade

Eterna dúvida

A minha ternura

A paixão...


...............................................................................................................


Não tenho o corpo fechado

Mas tenho a alma aberta

Meu peito não guarda muitas alegrias

Porém meu coração sempre esteve lá

Não posso escolher meus dias

Mas posso rir em qualquer um

Não sou dono de minhas necessidades

Todavia eu mando em meus sonhos

Não controlo a vida e a morte

Mas mando no medo que tenho delas...


...............................................................................................................


É quase poesia, é quase...

Além do muro existia fantasia

E eu queria voar além dos céus

Como passarinho que nunca fui...

É quase poesia, é quase...

Atrás da porta existia a dúvida

Se seria imortal ou não

Mas isso pouco me importava...

É quase poesia, é quase...


...............................................................................................................


E vamos torcendo para o mocinho

Mas nem sempre ele vence no final...

E queremos um final feliz feito novela

Mas a vida quase sempre é diferente...

E no fundo desejamos que a festa não acabe

Mas tudo acaba uma hora terminando...

E tentamos prender nosso choro

Mas a água obedece a lei da gravidade...

E queremos que as frases bonitas aconteçam

Mas são somente algumas palavras...


...............................................................................................................


Para onde vai esse barco chamado corpo?

Sai do cais todos os dias rumo à tempestade...

Esse pássaro voa sempre em que direção?

Vai para a armadilha que o prenda na gaiola...

Esse amor toma que rumo quando acontece?

Para a casa do impossível onde ele mora...


...............................................................................................................


Para a elite deixo meus sinceros pêsames

Correram tanto para perder a corrida

Comeram tanto para não terem mais corpos

Aprenderam tanto para não saberem nada

Moraram tão bem para depois apodrecerem

Tiveram mais e mais nada irão levar

Ganharam o mundo e perderam sua alma

Para a elite deixo meus sinceros pêsames...


...............................................................................................................


Mesmo aquele que não conheço

Merece ser chamado de meu irmão

Tem os mesmos tipos de dores

Chora e ri como todos assim fazem

Possui as mesmas necessidades

Veio um dia e irá em outro

Não sabe se continuará ou não

Independente daquilo que acredita

Mora no mesmo mundo que moramos

Mesmo aquele que não conheço

Merece ser chamado de meu irmão...


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quase Um Réquiem

Réquiem é coisa pra comer, tio? Não, minha querida, é pra escutar... Os mortos não comem, mas escutam... Assim como você ao Pietro perguntar...