O circo pega fogo
Mas desta vez o clown não fica alegre
Mesmo quando tudo parece
Ser motivo de algum riso...
Fogo na mata
Fogo na rua
Fogo no rabo
Sem nenhum cessar-fogo...
A mentira rende mais
Não importa quem foi atingido agora
A crueldade atinge os céus
E alto e abismo são parecidos...
Fogo na água
Fogo na favela
Fogo na goela
Sem nenhum cessar-fogo...
A máquina já veio com defeito
A culpa é da fábrica ou talvez não é
Quem corre primeiro para a fonte
Talvez possa usá-la como espelho...
Fogo na saia
Fogo nas calças
Fogo na estrada
Sem nenhum cessar-fogo...
A mediocridade rende mais
O único coletivo que há é o ônibus
A elite e a ralé andam sempre juntas
Máscaras é o que nos protege...
Fogo no fogo
Fogo no ar
Fogo na terra
Sem nenhum cessar-fogo...!
(Extraído do livro "Pane na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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