Uma boa dose de farinha do reino
A porta encostada na parede
A mais nova invenção já ultrapassada
As velhas palavras no armário
Espíritos ancestrais baixando em robôs
O velho capitalismo tossindo
Balões pedem socorro para os chãos
O pajé foi direto pra Tatuapé
Vamos brindar apenas com Mineirinho
E esperar pela dança da chuva
A estrada não gostou muito e acabou indo
Mangas verdes para nosso chá
Formalmente não temos tais formalidades
Um sopro pode apagar a luz
Há um novo harém por essas esquinas
O mosquito atravessou a chuva
Alguma coisa boa pode estar vindo por aí
Os bobos babaram na corte
Trens azuis agora são de uma outra cor
A estrada de ferro derreteu
As farsas possuem sinceridade excessiva
Nunca mais irei falar nunca mais...
(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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