Quero deixar de trair a mim mesmo
dentro desse calabouço de falsas ilusões
Nada é mais absurdo do que se enganar
com falsas e amenas soluções
Uma trança vai me enforcando
sabe-se lá até quando...
Beber deste meu último e derradeiro trago
e deitar e voltar para o outro lado até dormir
Para a noite passar desapercebida em branco
até que eu sinta que não estou mais ali
E quando perceber esse abismo
é porque nele eu já cai...
Uma trama imperceptível feito uma teia
que uma simples aranha me espera
E todo sangue seja sugado desta veia
e me devore feito uma quimera
E me livre logo desta cadeia
como quem traz outra primavera...
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