quarta-feira, 22 de maio de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 264

Quando comer é preocupação

Quando a resposta da prova é não

Quando a vida é uma trapaça

E viver apenas uma pirraça

Um trauma, um drama, trama malfeita

Que não pede recusa ou se será aceita...


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Acabei de sofrer uma vertigem

Tropecei num grão de areia...

Estava quase me sufocando

Tinha ar aonde eu estava...

Tive uma visão mais medonha

Meu sorriso sem motivo refletido...

Não parei de perguntar:

Que eu sou? Onde estou? Por que vim?


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As moedas que o cego

implorava e nunca viu...

A ilusão que o louco teve

mas que não existiram...

O amor que o amante

somente viu partir...

As nuvens que brincavam

até caírem pelos chãos...

Os sóis que se apagaram

feito lâmpadas queimadas...

Isso simplesmente 

chamam apenas de vida...


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Eu a gostaria

Como quem segura nuvens

A fumaça caiu dos céus

A pedra afundou n'água

Seu rosto é marca registrada

Nunca mais fui o mesmo do mesmo

Devorei todas as madrugadas

Minha invenção é a mais antiga

Eu a gostaria

Como quem abriu a gaiola...


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Cena de cinema

Cena de poema

O canto da noite 

É meu silêncio

Pintura trágica

Pintura mágica

Rimos e muito

Mesmo sem saber...


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Modo de usar:

Tire seus sonhos da embalagem

E deposite o conteúdo numa tigela

Com as mãos colha umas flores

Acrescente umas pitadas de sonho

E mexa tudo muito bem

Com açúcar à gosto

Unte uma forma com carinho

E coloque em forno brando

Por toda eternidade possível

Sirva acompanhado de contentamento

Rende infinitas porções...


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A esperança tudo espera

A calma sempre se acalma

A ternura é sempre terna

Só o amor e somente ele

Consegue unir os opostos

E até matar enquanto

Dá vida ao mesmo tempo.

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