Eu quero romarias sinceras. E novas frases desconexas que passem batido. É a vida. E a morte que a acompanha com sinceridade. Nunca escondo meus passos. Mas sei de cor muitas coisas. A vida se iluminou como lampiões nos postes. E fez um sorriso num rosto não tão bonito mas com traços de bondade. Aí estão todos os meus tesouros. Cabem num bolso bem pequeno. São palavras. Muitas delas. Algumas até de ordem. Fico várias vezes olhando as horas até que elas passem. Como estou? Melhor do que há mil anos atrás. Cada um com seus tesouros. Os meus são invisíveis. Mas são como pedras. Quem pode contar os carneiros que estão no rebanho? Só o lobo estudou matemática. Um bando de pardais bem organizado. Com todo mundo usando crachá. É sonoramente evidente a nossa alegria de começo de mês. Mais do que isso não há. Só há certeza na imaterialidade de todas as coisas. Idéias são como projéteis que apavoram de repente na favela. Eu sei de muitas coisas impublicáveis. E sonoridades muito bem vindas. Não espere que eu as conte. Eu emudeci em diversas ocasiões. Eu não tenho ideologia nem planilhas. Eu sou do lado das nuvens e das bocas sem fome. Eu sou do lado que sofre ingratidões porque quis. Tudo é claro como um copo d'água. Não existem enigmas profundos. Foi só a vontade do freguês que prevaleceu. Sem campanhas por favor. Muros são mais divertidos. Eles caem tal qual dominó. Eu me seduzo com suas invariáveis variáveis. E com suas curvas quase mal feitas de uma inocente lascívia. A minha líbido desfila seminua em todos os diários carnavais. A minha rotina é a impossibilidade de provar diferentes gostos. Mas os que conheço me imortalizam num silêncio gritante. Esse é o verdadeiro sentido de ser rei. O castelo será construído amanhã. Ainda não há baralho suficiente para tal proeza. E os neologismos que inventei guiam meus indecisos passos. Notem como são bonitos os eternos cansaços de meus viajantes pés. Cada calo é uma notícia publicada. E cada corte uma história bonita para ser contada. Mesmo quando histórias bonitas assombrem e encantem. Somos magos formados por correspondência. E atores sem papel algum nessa eterna peça. Eu quero apenas redes e um mar vadio qualquer...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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(In) Continuação 2
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Barulho ensurdecedor na malvada avenida. Hora do rush, hora quase feliz... Blasfêmias cantadas nos sonoros aparelhos. O hoje está quase mort...
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