É hora. E só isso. O sol brilha nas alturas e queima mesmo. Não sabemos calcular os segundos. Moleques travessos que fogem mesmo. É a história. Contada e desacreditada em pacotes de muitos gigas. Porque as palavras não param. E mesmo as caladas bocas falam demais. Esqueceram dos olhos. E os olhos gritam sempre. Por isto haverão muitos e muitos protesto pela roda da história. Eu sou o que sou. O caos aberto ao diálogo. O coração descompassado mais que o solo do Haiti alguns anos atrás. É impressionante como isso acontece. Só podem ser os ventos. Ou um cataclismo intergaláctico de proporções dantes nunca tido. Um documentário completo nas telas. E uma dor terrível em todos os passos. Quero e queremos. Dias seguidos de bobos feriados. Não há norte e nem há sul. Somente os olhos aflitos do viajante. Permita que eu abuse da sua mentira. E me faça o réu mais culpado que o papel já conheceu. Eu estava lá. Em todas as fitas antigas da sessão da tarde. Ou nas matinês baratas. Cem tiros saindo da mesma arma. E a culatra sendo a mais sábia das ideias. Amargamente sabemos de tudo. E nada pode nos superar. Mesmo em idiotices e velhas idéias. Desculpem o mau jeito. É que a ignorância sempre foi o prato do dia. Nossos gestos foram inesperadamente calculados. E a nossa mente é fria todas as vezes que assim o pode ser. As novenas estão aí. E as procissões de forma solene e irônica. Não tenho culpa se me cabe o lado ruim da coisa. Nem se sou dublê das carpideiras. É apenas um sorteio. Tudo se é porque não se é o que não se é. Na hora da caçada acabaram os calafrios. Não há favoritos nem há premiados. Há muita poeira nas moedas. E o seu brilho já acabou. O ouro é apenas uma cor como qualquer outra. E as palavras ordenadas ao acaso. Uma embriaguez sem álcool. E uma grande multidão de sérios solitários. Perguntas sem respostas. E respostas sem perguntas. Assim que funciona. Chamem logo os bichanos para jantar...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
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