É a fera apresentada em coloridas pílulas. E com um sorriso de creme dental. Os leões aprenderam a mais fina etiqueta. E os tubarões agora são dourados e de barbatanas esvoaçantes. As fadas são vampirescas e com tons não mais assexuados. Tudo que eu quero cabe no bolso. E meu cartão de crédito tem limite ilimitado. Não se esqueçam de assinar nosso livro de presença por favor. Tenha a gentileza oposta ao do profeta. É um moralismo às avessas. E provocamos os dragões com palitos de dente. O ridículo é a medida do que fazemos. E a piscina no fim de semana é o máximo que podemos obter. Os maus espíritos vagueiam entre os automóveis. E disputam lugar com os vendedores de balas e chicletes. Eu joguei em todos os números e acabei perdendo o sorteio. As cicatrizes doem mais que as feridas. As sombras passeiam mais alegremente que os próprios homens. Cada dia tem sua festa. Seu enterro. E seu carnaval particular também. É o bêbado na rodoviária mijando num canto com todos os motivos do mundo. Sintam seu cheiro no ar! O perfume substituiu o mau cheiro faz muito tempo. E as boas intenções são apenas uma das máscaras do teatro. Só não sabemos qual... E não importa muito se há comida de bebê em grandes quantidades. E se as fraldas descartáveis estão na liquidação. Liquidação. Porteira aberta. Fazendas sem bois. Multidões sem palavras. Gritando mudamente o que ninguém nunca falou. O imposto foi imposto. Os impostos foram impostos. E a cada um seu mau pedaço. São histórias de papéis trocados. E um grande vento invadindo nossas janelas. Vinganças das flores. E o que mais aparecer. O pó do pólen invadindo nossos pulmões já brocados. Não temos más intenções. Mas mais intenções. E tudo acabou exceto o desejo. E tudo acabou exceto a história. Tudo embaçou. Menos os vidros sob a forte chuva. E quem mais errou acertou...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Carliniana XLV (Indissolúvel)
Plano A... Plano B... O amor é uma pedra Que teima se dissolver na água Quem poderá consegui-lo? Plano A... Plano B... O pássaro encontrou...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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Num asfalto qualquer desapareceram as letras Sim devem ter desaparecido pelo tempo Nada mais que letras feitas com tinta qualquer Foi ...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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