quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Até A Realidade É Fictícia


Todos nós mentimos
E quando subimos
Aí mesmo que caímos
Estamos todos mascarados
Bravos e tão assustados
Só olhamos pros lados
Isso aqui parece uma delícia
Até a realidade é fictícia

Todos somos bonitos

E vivemos mais aflitos
Com sentimentos esquisitos
Estamos todos marcados
Todo o tempo vigiados
Carregando nossos pecados
Pra viver é preciso perícia
Até a realidade é fictícia

Todos somos os tais

Donos dos carnavais
Agitando todas gerais
Homens sérios e fantasiados
Vamos viciando os dados
Somos apenas filhos bastardos
Quem faz crime é a polícia
Até a realidade é fictícia

Todos somos uns santos

Escondemos os nossos espantos
Há segredos em todos os cantos
Eu encho meu copo de absinto
Eu ando neste meu labirinto
Eu vou pro norte vou pro quinto
Vamos ter medo da milícia
Até a realidade é fictícia

Todos nós subimos

E quando mentimos
Aí mesmo que caímos
Estamos todos mascarados
Bravos e tão assustados
Só olhamos pros lados
Isso aqui parece uma carícia
Até a realidade é fictícia...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...