Até onde não poder mais. Em cantos e cantos. Barulho e discretalidade. O meu celular é a célula-tronco mais importante de meus dias. Chega a ser mediúnico. É médio e único. E os meus bolsos ficam loucos em cada instante de minha pobre existência. Como hesito. E grito. E fito. Labaredas de uma fogueira de folhas secas. As estações de trem. As estações da moda. Pois as estações do ano se indefiniram em mileuns temporais. Eu tenho uma ampulheta à minha frente com conotações sadomasoquistas. Estalo mais meus dedos do que um consumidor de ácido. Guardo minhas penas dentro da mais discreta gaveta. Somos comerciantes das horas. Mas esquecemos totalmente de tudo. Há mais viciantes paraísos artificiais do que as drogas. Porque as nossas são açucaradas como antigas pílulas. Aquelas grandes bolas de vidros cheias de inexistentes confeitos. Tudo consegue ser doce. Até a morte exposta em redes sociais. Tudo consegue ser vil menos o vilão. E as casas de luz vermelha abriram seu sinal. Tenha um bom dia. Uma boa tarde. Uma boa noite. Uma grande queda. E muitos brinquedos de brincar de roda. Apaixonadas declarações de renda. E ainda amores desprovidos de quaisquer sentimentos. Hoje matamos mas foi ontem que comemos. Tanto o frango congelado como a garota morena com cara de puta. Sofismas e costumes desse nosso tempo de temporais. Mudamos vírgulas de lugar constantemente mas o texto é o mesmo. Os antigos heróis se aposentaram e colocaram as barbas de molho. E os antigos pecados são perdoados sumariamente mas já arranharam as paredes. É tarde demais. Cada letra é um dardo apontado para o alvo. E a trama do drama é a cama. É um samana por semana. E eu também sei fazer milagres. Ando por cima das águas com meus tênis novos. Ressuscito todos os mortos se quiser. Só ainda não aprendi a multiplicar os pães. Vamos fazer novelas sobre velas. E eu já tenho os comprimidos à mão para qualquer emergência. Nem um dia à mais e nem um dia à menos. O cartão de ponto é batido religiosamente. E eu dou beijos estúpidos de pura sofreguidão. A insônia é meu troféu. E sou sempre levado ao cadafalso. Nada que um bom catiço não resolva. Nada que uma explicação mal dada não seja eminente. Eu sento com medo nas mais nobres cadeiras. E espero meu prêmio em constantes lutas. Hoje é o dia! Queremos imediatamente sol e outras bobagens. Nada que não seja tão fácil assim. Fu! Full! Fuligem! E os mais diversos risos...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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Um sorriso no escuro Um riso na escuridão Um passado sem futuro Um presente em vão... Mesmo assim insistindo Como quem em a...
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