sábado, 11 de outubro de 2014

Insaneana Brasileira Número 46 - Poderosos Poderes

Luta desigual. Em que todos saem ganhando mesmo que percam. Aqui num canto vozes se calam. Até quando falam demais. Ah! É essa né? Hum... Nada à declarar. Todo nuance com sua chance de emplacar. Nada cem por cento. Tudo com um defeitinho de fábrica. Zé Mané! A cerveja cai bem até na comemoração da catástrofe. E sabemos bem porque as flores murcham. Nada foi feito na hora. Tem a dormida responsável do dia seguinte. Vai que dá certo... É o jeito. O jeitinho. O jeitão. E palavras inventadas na hora da freiada de mal jeito. Palavras obrigatórias pra enfeitar nosso pavão. Que olha pros pés cheio de vergonha. Devia ser ao contrário... São simples os meus labirintos e geralmente em linha reta. Tudo é bom combustível. Tudo queima. E milhares de Joanas d'Arc passeiam pelo parque ao sol solão. Coloque o dedão ali por favor. E tire esse óculos de fundo de garrafa. É comum desnecessários acessórios. Nada que se use definitivamente. Todos por uma transitoriedade humanamente humana. É tudo como encostar o caracol no ouvido pra não escutar o mar. É só vento. São ventos preocupadores vindos de não sei onde. Eu quero festas. Muitas festas. Várias festas. Sem plausível motivo algum. Brasilmente. A mente no Brasil. Desde sempre. Desde a carta de Caminha. E dos índios e seus colares. Tudo embaralhado. Tudo como é. Malcontado. Recontado. Descontado todas as taxas na forma da lei. Eu sou o que sou. O viajante silencioso que escolheu a noite pra não incomodar os vizinhos. Só a poética nos salva de la grande gafe que vem no caminho. Só a imaginação imagina um gran finale. Assim como o amor embeleza velhas gravuras amarelecidas por Dom Tempo. Só a fumaça sobe sempre. As outras coisas obedecem fielmente a queda da maçã. Triste mas verdadeiro. Eu dispenso o luxo porque as letras brincam de trocar de lugar. Foi o maior espetáculo e já morreu. As fantasias viraram pano de chão. Mamãe eu tou na televisão. Venho falar das coisas que eu nunca soube. E ser famoso por conta da vontade deles. O que eu não fiz valeu a pena. Desde sempre. Colares de contas e casais de búzios. Espelhos de pequeno tamanho. Fazemos qualquer negócio. A drag-queen tinha toda a razão. Somos os mestres do non sense. E embaixadores daquela alegria inexistente. É bom a certeza incerta de mais um espetáculo. Originalmente sem graça alguma. Rir é o melhor remédio se há alguma doença nova. É um filme de terror de quinta categoria. Com monstros de borrracha e ET's de papelão prateado. Nas galerias de arte falamos do que não entendemos. Manchas e borrões tão significativos. Como nosso bom gosto duvidoso. Longe de mim saber tais coisas. Nem escrever direito sei. E nem sei a letra do Hino Nacional. Deve ter sido porque cantei muitas vezes querendo descansar do não cansaço...

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