sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Insaneana Brasileira Número 52 - Por Ora É Um Trago

por ora é um trago tome cá Dindim e Ziquinha seus dois parvos olhadores de terras não há nada mais que fazer por enquanto do que biquinho e cara feia são feitas muitas ruindações pela estrada afora e nem ao menos gritar podemos era bom se todo mundo sorrisse era bom as crianças não morressem na disputa dos grandes era bom que tudo bom fosse bom e cada reza nossa tivesse um resultado por ora é um trago de paratudo por ora escorreia direto de cano abaixo deixando o inferno no peito e o calango solto lá em cima no quengo afemaria que doido eu tropeço em pedras que não existem e procuro cama pra mimi astúcia de gente velha com certeza já vi muito circo de cavalinho e acredito em tudo menos em discurso bem feito nem todo nós fica tricotando e crochetando que nem grega ai meu God que maleita serena que irrita pobreza de tudo seus conformeiro de mierda me distrata aí vai que o mocão é na hora tempo não quer dizer bateria esgotada muito menos pilha fraca hum vai te cata enganadeiro da porra eu num cridito mermo uma hora mais cedo é quase que nada porquero safado a cantorina é mia e eu faço o que eu quero conserta logo essa merda de brinquedão tão pensando o que? mingana que eu num gosto porra! com muito exclamório por rabo adentro safadico catador de desculpa eu durmo no barco mas não tem convençório neca vai pro inhame seu burlesco patusco kizila sonsa que não vem nem na boca faz anos que o mamulengo muda mas a piada sem graço é a mesma apois parece o Dumbo naquela cordita maledita praláepracá de parecer hipnose eu sei certinho o que tem lá detrás desse quebra-cabeças mafonho sou vanguarda sou afrente muitos e muitos nuques juro pelo meu time do coração por ora é um trago quase doisdedinhos só pra molhador do biquito sem funil de túnel que parece bonito quando se atravessa pequeno melhor que isso só chuva e estala-língua de que será? vinho não! é bebida de padreco e de moleque que se exibe no baile vamos de treva! roda tudo tontia tudinho e a gente até esquece da meia-noite bem de dia...

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Insaneana Brasileira Número 51 - Siderais Campanhas

É a fera apresentada em coloridas pílulas. E com um sorriso de creme dental. Os leões aprenderam a mais fina etiqueta. E os tubarões agora são dourados e de barbatanas esvoaçantes. As fadas são vampirescas e com tons não mais assexuados. Tudo que eu quero cabe no bolso. E meu cartão de crédito tem limite ilimitado. Não se esqueçam de assinar nosso livro de presença por favor. Tenha a gentileza oposta ao do profeta. É um moralismo às avessas. E provocamos os dragões com palitos de dente. O ridículo é a medida do que fazemos. E a piscina no fim de semana é o máximo que podemos obter. Os maus espíritos vagueiam entre os automóveis. E disputam lugar com os vendedores de balas e chicletes. Eu joguei em todos os números e acabei perdendo o sorteio. As cicatrizes doem mais que as feridas. As sombras passeiam mais alegremente que os próprios homens. Cada dia tem sua festa. Seu enterro. E seu carnaval particular também. É o bêbado na rodoviária mijando num canto com todos os motivos do mundo. Sintam seu cheiro no ar! O perfume substituiu o mau cheiro faz muito tempo. E as boas intenções são apenas uma das máscaras do teatro. Só não sabemos qual... E não importa muito se há comida de bebê em grandes quantidades. E se as fraldas descartáveis estão na liquidação. Liquidação. Porteira aberta. Fazendas sem bois. Multidões sem palavras. Gritando mudamente o que ninguém nunca falou. O imposto foi imposto. Os impostos foram impostos. E a cada um seu mau pedaço. São histórias de papéis trocados. E um grande vento invadindo nossas janelas. Vinganças das flores. E o que mais aparecer. O pó do pólen invadindo nossos pulmões já brocados. Não temos más intenções. Mas mais intenções. E tudo acabou exceto o desejo. E tudo acabou exceto a história. Tudo embaçou. Menos os vidros sob a forte chuva. E quem mais errou acertou...

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

De Tigres, Leões e Afins

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É hora. E só isso. O sol brilha nas alturas e queima mesmo. Não sabemos calcular os segundos. Moleques travessos que fogem mesmo. É a história. Contada e desacreditada em pacotes de muitos gigas. Porque as palavras não param. E mesmo as caladas bocas falam demais. Esqueceram dos olhos. E os olhos gritam sempre. Por isto haverão muitos e muitos protesto pela roda da história. Eu sou o que sou. O caos aberto ao diálogo. O coração descompassado mais que o solo do Haiti alguns anos atrás. É impressionante como isso acontece. Só podem ser os ventos. Ou um cataclismo intergaláctico de proporções dantes nunca tido. Um documentário completo nas telas. E uma dor terrível em todos os passos. Quero e queremos. Dias seguidos de bobos feriados. Não há norte e nem há sul. Somente os olhos aflitos do viajante. Permita que eu abuse da sua mentira. E me faça o réu mais culpado que o papel já conheceu. Eu estava lá. Em todas as fitas antigas da sessão da tarde. Ou nas matinês baratas. Cem tiros saindo da mesma arma. E a culatra sendo a mais sábia das ideias. Amargamente sabemos de tudo. E nada pode nos superar. Mesmo em idiotices e velhas idéias. Desculpem o mau jeito. É que a ignorância sempre foi o prato do dia. Nossos gestos foram inesperadamente calculados. E a nossa mente é fria todas as vezes que assim o pode ser. As novenas estão aí. E as procissões de forma solene e irônica. Não tenho culpa se me cabe o lado ruim da coisa. Nem se sou dublê das carpideiras. É apenas um sorteio. Tudo se é porque não se é o que não se é. Na hora da caçada acabaram os calafrios. Não há favoritos nem há premiados. Há muita poeira nas moedas. E o seu brilho já acabou. O ouro é apenas uma cor como qualquer outra. E as palavras ordenadas ao acaso. Uma embriaguez sem álcool. E uma grande multidão de sérios solitários. Perguntas sem respostas. E respostas sem perguntas. Assim que funciona. Chamem logo os bichanos para jantar...

domingo, 26 de outubro de 2014

Meus Planos


No meio do meio
Eu já nasci feio 
Mas faço meus planos
Humanos
Insanos
Mais profanos
Já fazem muitos anos

Na ponta da ponta

Eu faço a conta
Mas faço o que faço
Um abraço
No espaço
Meu cansaço
Houve tanto embaraço

Na beira da beira

Eu faço a maneira
Nem me queira
Besteira
Tonteira
É só uma vertigem
Os tiros nem atingem

No fundo do fundo

Eu construí o mundo
Tal qual submundo
Imundo
Mas tão profundo
Sem disfarce
Bateram em minha face...

Eram Muitos

Eram muitos quase que todos eles
Andavam em bandos mais calados
Eram todos esses tais amantes
Que nunca na vida foram amados

Andavam em suas tristes romarias
Por mais bem vestidos maltrapilhos
Com olhos tão bem mais arregalados
Um verdadeiro exército de andarilhos

Não sabiam para onde um dia ir
Só sabiam que não poderiam voltar
A rua somente uma mão a direção
De quem vivo está ainda à se matar

Porque nos matamos de várias formas
Nos matamos em quaisquer momentos
Haverá para isso mais que um motivo
Basta ver para onde se vão os ventos

Eram muitos quase todos os humanos
Desengonçados mas todos em fileiras
Arrependidos e muito mais amargurados
Porque amaram de todas as maneiras...

sábado, 25 de outubro de 2014

Ame o Poeta


Ame o poeta,
O louco caminhante das esquinas
Que enxerga o mundo com muitos olhos
Cuja visão alcança até as estrelas...
Ame o poeta,
O marginal de muitas sombras
Que caminha sempre de noite
Porque a noite habita em seu peito...
Ame o poeta,
O malabarista de muitas palavras
Porque a vida é apenas o grande circo
Ao qual estamos todos destinados...
Ame o poeta,
O único que pode guardar todos os beijos
No fundo de uma gaveta mais que mágica
Que podemos chamar de coração...
Ame o poeta,
O único lúcido entre todos os bêbedos
Que já fizeram a grande multidão
Que ainda espera muitos e muitos carnavais...
Ame o poeta,
O anjo entre o luxo e o lixo de todas as coisas
E que escolhe com mais frágeis dedos
As mais fortes emoções que se possa ter...
Ame o poeta,
Em criações de milhares e milhares de espirais
Ele constrói os mundos não antes construídos
E que mesmo assim sempre viverão...
Ame o poeta,
O demônio com boas e puras intenções
Que anda por ruas escuras da nossa infância
E que traz de volta todos os gostos doces...
Ame o poeta,
Aquele que tem na imaginação todos os segredos
De todas as janelas abertas e todas portas fechadas
De todas as flores antes que nasçam suas cores...
Ame o poeta,
Amem o poeta,
Sempre e sempre...

Insaneana Brasileira Número 50 - Apenas Alguns, Todos Eles

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Uns pouquinhos. Todos eles. E nada na terra do nada em nenhum tempo. É assim. E assim será. Festejos e lampejos na terra do Doc. É... Na terra dele. Obuses e cruzes. E muitas interjeições tiradas de improviso. Acabou o biscoito e inda tem iogurte. Tem mágica aprendida no livro vendido no shopping. Mas que chique neném! Nem sabia o dia da festa. Senão comprava um presente. E ia com sede e com fome. De muitos dias. Sem dúvida. Do tamanho certo. Choram na frente das câmeras. Puro deleite. Puro de leite. Tudo enfeite. Que nem uma arvre de natal bem caprichada. Com todos os gatos possíveis. Me divirto à beça. Nem ligo pra sugestões e congos. Upa lelê! Que mandinga forte sô! Parece Paulinho dançando no nada. Parece a cambada escutando funk na frente das casas. Bigodes e mais indecisões. Uma farra danadas e expressões magníficas. Sem saber onde nem quando. É uma zoação só. Maldito! Eu acabo com a tua raça... Maldito! Eu viro a cara pro lado e deixo decisões importantes escorrerem pelo ralo. Adeus e um dia. Sou o que sou. O repente de repente. E nada confere com as contas. O grande segredo é se contentar com pouco. Com quase nada. Quase menina. Em certos detalhes que só a vida pode entrever. Ver não. Porque nada se vê antes que se acabe. Discos e livros empilhados num canto. Cada razão existe por existir. E é só. Acabou? Apague a luz... Sem pegadas na areia. Aqui e agora nunca mais. Situação delicada esta. Sem adereços feitos de conchinhas que gostava tanto. Há alguns perdidos por aí. E novas cenas se sucedem. Nada será a nova sensação para sempre. Cada qual com suas medidas e suas permanentes decepções. Vamos em frente. Que atrás não há mais nada. É só preciso pique para brincar de pique. E delicadamente beber a cachaça num só gole. Em espirais seu menino. Há muitos mártires na fila e acabam faltando tiros suficientes. Explode tudo nesse mundo. Até as paciências mais obesas. Eu sou o caminho. E aqui tudo começa ou termina. Dependendo do lado que se escolheu. Cada palavra já é uma sentença. Aquilo que nós escolhemos de certa forma. A certa forma se embaralha em várias águas. Eu abuso da alegria. A carne se transforma em alma. E vice versa. Os caixotes estão empilhados nos depósitos. Não há mais nada a fazer...

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Até A Realidade É Fictícia


Todos nós mentimos
E quando subimos
Aí mesmo que caímos
Estamos todos mascarados
Bravos e tão assustados
Só olhamos pros lados
Isso aqui parece uma delícia
Até a realidade é fictícia

Todos somos bonitos

E vivemos mais aflitos
Com sentimentos esquisitos
Estamos todos marcados
Todo o tempo vigiados
Carregando nossos pecados
Pra viver é preciso perícia
Até a realidade é fictícia

Todos somos os tais

Donos dos carnavais
Agitando todas gerais
Homens sérios e fantasiados
Vamos viciando os dados
Somos apenas filhos bastardos
Quem faz crime é a polícia
Até a realidade é fictícia

Todos somos uns santos

Escondemos os nossos espantos
Há segredos em todos os cantos
Eu encho meu copo de absinto
Eu ando neste meu labirinto
Eu vou pro norte vou pro quinto
Vamos ter medo da milícia
Até a realidade é fictícia

Todos nós subimos

E quando mentimos
Aí mesmo que caímos
Estamos todos mascarados
Bravos e tão assustados
Só olhamos pros lados
Isso aqui parece uma carícia
Até a realidade é fictícia...

domingo, 19 de outubro de 2014

Assim Falou, Assim Falaram


Assim falou o poeta:
Os versos são sonhos que saem da boca
Ou ainda escaparam pelos olhos
E vão se refugiar em alguma página perdida...

Assim falou o louco:

As miragens correm pelas esquinas do mundo
E cada febre é um sinal do sol lá em cima
E as fogueiras já foram acesas novamente...

Assim falou o bêbado:

Em cada copo uma tristeza junto à solidão
E recordações baratas de dias quase bons
Em que o paciente dava sinais de vida...

Assim falou o moço:

Mares nunca antes navegados me esperem
Enquanto colho flores de um novo jardim
E preparo meu coração para desilusões vindas...

Assim falou o velho:

Conheço todos os passos da velha estrada
E mesmo quando durmo de olhos abertos
A vida possui inverossímeis motivos...

Assim falou o amante:

Corro em eternos e previsíveis labirintos
Enquanto meu fado é apenas o mesmo
Dos desesperados que me antecederam...

Assim falou o músico:

Falo por todos os enigmas possíveis
E conheço línguas vivas e línguas mortas
Inquilinas de um peito fraco e ao mesmo tempo forte...

Assim falou o poeta:

Vamos amados versos! Vamos!
Como o viciado em crise de abstinência
Passa os dias em incômodos delírios!!!...

Insaneana Brasileira Número 49 - Ninha Abre a Boca

Tem é? Tem nadica de zoia. Abestaiado. É um joguito de empurra empura que não se sabe quem é. Tudo ameia. Tudo chinfrim. É um monte de cobres escorrendo dedinho abaixo. E um brilho tavóia nos torto que tem nas fuças. Xô maleita nervosa! Xõ cancamo zuretinha! E o povo aí pastano que nem carneirinho. E engulindo piula uma atrás da outra. Melhorar? Onde? Perderam então o endereço dessa budega. Nem a putaida do táxi sabe onde é. Ah! Caralho... Num me enerva não. Ranco até a raiz dessa merda seca. Sobe logo essa escada. Anda logo nessa pragueia de rampa. Não é questão de ser perigo nacional. Mas de enxergar. Pata que me botou nessa estorqueira de mundo. É tudo uma bosteira só. É humano. E humanos sempre sofrem de vertige. A coisa tonteia a cabeça. Tentação do Cracanico zuneiro. Acontece. Até os lanudos acabam fazendo um churrasquito de fimdesemana. Rá rá! Duvido que nom. D-u-v-i-de-ó-dó. Só o filho do cara e olhe lá. Jaconera mamã. Até a Teresa Virtude faz stripper. É só ter areia suficiente no carrinho. Vá! Tem tantas latas e pouco barulho. Podia ter mais... Bem mais... E mais trocentas bafuradas dum belo dum cachimbo de barro. Com muito sarro. Pendêgo safado de torra! Rouba bem na cara do vitimado e nem falam nada. Morre tudo na fila. De dente cariado tudo arreganhado. É isso que tem no prato assujado em cima da pia cheia. Ah! Minha puta que me pariu já faz tempo! Calor de sumo. Estamos festeiando um monte de bobança o tempo todo... E usando e fezando a gramática inteira. Na boa. De boa. Na boquinha da garrafa imundiça limpa. Engananso sincero. Cabaço de Ingrid. E tudo mais que eu lembro-num-lembro de mais. E ainda vai o mundo. Sem ter um porquê. E tals. É por isso que é bom um canto. O mundo lá fora confusão rasteira. Ventos e ventos na mais forma que se dê. Apagar a vela num sopro só. Dificulidade acabou. É deixar os segundos de borzeguim mesmo. Cada um com seu estado natural de coisa. E olhe lá. Cuidado com o andor que o santo é de barro. E cuidado que acabou a piula. Era açucada que nem naquele tempo. Hum... Hoje chá não Ziquinha. Celveja pra dois. Esse pessoal nem apertão botão sabe...

As Duas Faces de Bryan

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Bryan tem dois gostos
Bryan tem dois rostos
É a eterna contradição
É como o deus Janus
Tem dois planos
Diz sim e fala não

Grita alto e fica quieto

Tem um plano secreto
Público e do coração
Não há o que se fazer
O que importa é viver
Diz sim e fala não

Gosta do sol também da lua

Vai zoando e fica na sua
Anda só e na multidão
Não tem medo mas tem medo
Acorda tarde e acorda cedo
Diz sim e fala não

Bryan tem dois rostos

Bryan tem dois agostos
É a terna contradição
É como o deus Janus
Dois rostos tão humanos
Diz sim e fala não...

sábado, 18 de outubro de 2014

Bons Tempos, Alegria Não...

Bons tempos aqueles. Que nem querem voltar mais. Bons tempos de guerra. Bons tempos sem paz. Bons tempos de nada. Bons tempos querendo mais. 
E o menino pequeno de óculos pesados. Olhava pros lados. Olhava o fundo do poço. Era a vida má sem alvoroço. Era o tapa sem motivo. O motivo? Estar vivo. Estar ali. Estar aqui. Alegria não...
Bons tempos aqueles. Que nem querem voltar mais. Bons tempos negros. Bons tempos de Alcatraz. Bons tempos sem culpa. Bons tempos que me culpais. 
E o menino pequeno de olhos tortos. Guardava seus mortos. Olhava dentro da escuridão. Era a vida sem razão. Como matar tirando a respiração. O motivo? Estar vivo. Estar ali. Estar aqui. Alegria não...
Bons tempos aqueles. Que nem querem voltar mais. Bons tempos de miséria. De cara triste cara séria. De letras garrafais. Bons tempos de sem entender. Quando como e porquê. A fera vem atrás.
E o menino pequeno e franzino. O que era apenas menino. Não sabia decifrar enigmas. Lhe cresciam estigmas. O pesadelo pode ser bom. Qual a questão. Estar vivo. Estar ali. Estar aqui. Alegria não...
Bons tempos aqueles. Que nem querem voltar mais. Bons tempos de marte. Bons tempos à parte. Bons tempos sem colo. Bons tempos de solo. Bons tempos de aguarrás.
E o menino pequeno e feio. Não sabe donde veio. Chegou bem no meio. Era a vida brincando cruel. Era tudo longe do céu. Tudo tinha um véu. Tudo sem explicação. O motivo? Estar vivo. Estar ali. Estar aqui. Alegria não...

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Insaneana Brasileira Número 48 - Até Quando, Até Vez

Até quando? Até que vez. Você nem sabe o que fez. Sonhou com sonhos mais normais. Com sucessos. E processos pelas capitais. Quem não vê o progresso. Num tal retrocesso. Estados gerais. É a rês. É a fez. Na cabeça dos generais. Até quando o comando não comanda mais. É a ciranda. E viva a banda. A Umbanda. A guirlanda com seus florais. Os florais de Bach. Os baques. Os saques. Mais normais. Estridentes tridentes doentes sensacionais. Dementes temperamentais. Viva as mentes. As gentes. Os elementais. É o nevoeiro. Perdi meu janeiro. Nem fui o primeiro. Lá nos meus quintais. E a dor que eu tive. No peito ainda vive. Mas eu ainda sou livre. Ainda sou bem mais. Bem mais que o certo. Meu peito aberto. Lá onde é deserto. É aqui bem perto. Não somos normais. São apenas as penas de frases loucas. Um beijo na boca. Foi lá bem atrás. Atrás da jardim. Coitado de mim. Não é bem assim. Chegou o meu fim. É tudo regalo. É a tudo encantá-lo. Num simples estalo. Mas que esqualo. Perigo na água. Castigo nas águas. Nas águas sem céu. Que pouco. É um louco. Veja lá coronel. Se eu não tenho razão. De estar tão tristão. Como fim de domingo. O zen do flamingo. Não dá pra esperar. O almoço tá posto. Estou bem disposto. É hora do jantar. Eu já tive a ideia. Lá na plateia. Nasceu a azaleia. É uma geleia. Mais que geral. É carnaval. É bacanal. É festival. É a tumba. É a rumba. Abalando geral. É necessário. Prioritário. O sanitário. O inventário.Viva a prata. Viva a mata. O carinho maltrata. Vida ingrata. Eu chuto lata. É mano é mana. Fim de semana. Vê se me engana. E me profana. O caldo de cana. Caixa de areia. A vida alheia. Minha sereia. É a única canção.  Que sei tocar no violão. Hoje fiz serão. Fiquei acordado. Fiquei admirado. Nem olhei pro lado. Mas quando olhei já era tarde. Sou medroso e covarde. A fogueira arde. A maneira bacana. A balada cigana. É tanta saudade. Eu encho um balde. Sou sem maldade...

domingo, 12 de outubro de 2014

Insaneana Brasileira Número 47 - Até Os Ovos

Até onde não poder mais. Em cantos e cantos. Barulho e discretalidade. O meu celular é a célula-tronco mais importante de meus dias. Chega a ser mediúnico. É médio e único. E os meus bolsos ficam loucos em cada instante de minha pobre existência. Como hesito. E grito. E fito. Labaredas de uma fogueira de folhas secas. As estações de trem. As estações da moda. Pois as estações do ano se indefiniram em mileuns temporais. Eu tenho uma ampulheta à minha frente com conotações sadomasoquistas. Estalo mais meus dedos do que um consumidor de ácido. Guardo minhas penas dentro da mais discreta gaveta. Somos comerciantes das horas. Mas esquecemos totalmente de tudo. Há mais viciantes paraísos artificiais do que as drogas. Porque as nossas são açucaradas como antigas pílulas. Aquelas grandes bolas de vidros cheias de inexistentes confeitos. Tudo consegue ser doce. Até a morte exposta em redes sociais. Tudo consegue ser vil menos o vilão. E as casas de luz vermelha abriram seu sinal. Tenha um bom dia. Uma boa tarde. Uma boa noite. Uma grande queda. E muitos brinquedos de brincar de roda. Apaixonadas declarações de renda. E ainda amores desprovidos de quaisquer sentimentos. Hoje matamos mas foi ontem que comemos. Tanto o frango congelado como a garota morena com cara de puta. Sofismas e costumes desse nosso tempo de temporais. Mudamos vírgulas de lugar constantemente mas o texto é o mesmo. Os antigos heróis se aposentaram e colocaram as barbas de molho. E os antigos pecados são perdoados sumariamente mas já arranharam as paredes. É tarde demais. Cada letra é um dardo apontado para o alvo. E a trama do drama é a cama. É um samana por semana. E eu também sei fazer milagres. Ando por cima das águas com meus tênis novos. Ressuscito todos os mortos se quiser. Só ainda não aprendi a multiplicar os pães. Vamos fazer novelas sobre velas. E eu já tenho os comprimidos à mão para qualquer emergência. Nem um dia à mais e nem um dia à menos. O cartão de ponto é batido religiosamente. E eu dou beijos estúpidos de pura sofreguidão. A insônia é meu troféu. E sou sempre levado ao cadafalso. Nada que um bom catiço não resolva. Nada que uma explicação mal dada não seja eminente. Eu sento com medo nas mais nobres cadeiras. E espero meu prêmio em constantes lutas. Hoje é o dia! Queremos imediatamente sol e outras bobagens. Nada que não seja tão fácil assim. Fu! Full! Fuligem! E os mais diversos risos...

sábado, 11 de outubro de 2014

Insaneana Brasileira Número 46 - Poderosos Poderes

Luta desigual. Em que todos saem ganhando mesmo que percam. Aqui num canto vozes se calam. Até quando falam demais. Ah! É essa né? Hum... Nada à declarar. Todo nuance com sua chance de emplacar. Nada cem por cento. Tudo com um defeitinho de fábrica. Zé Mané! A cerveja cai bem até na comemoração da catástrofe. E sabemos bem porque as flores murcham. Nada foi feito na hora. Tem a dormida responsável do dia seguinte. Vai que dá certo... É o jeito. O jeitinho. O jeitão. E palavras inventadas na hora da freiada de mal jeito. Palavras obrigatórias pra enfeitar nosso pavão. Que olha pros pés cheio de vergonha. Devia ser ao contrário... São simples os meus labirintos e geralmente em linha reta. Tudo é bom combustível. Tudo queima. E milhares de Joanas d'Arc passeiam pelo parque ao sol solão. Coloque o dedão ali por favor. E tire esse óculos de fundo de garrafa. É comum desnecessários acessórios. Nada que se use definitivamente. Todos por uma transitoriedade humanamente humana. É tudo como encostar o caracol no ouvido pra não escutar o mar. É só vento. São ventos preocupadores vindos de não sei onde. Eu quero festas. Muitas festas. Várias festas. Sem plausível motivo algum. Brasilmente. A mente no Brasil. Desde sempre. Desde a carta de Caminha. E dos índios e seus colares. Tudo embaralhado. Tudo como é. Malcontado. Recontado. Descontado todas as taxas na forma da lei. Eu sou o que sou. O viajante silencioso que escolheu a noite pra não incomodar os vizinhos. Só a poética nos salva de la grande gafe que vem no caminho. Só a imaginação imagina um gran finale. Assim como o amor embeleza velhas gravuras amarelecidas por Dom Tempo. Só a fumaça sobe sempre. As outras coisas obedecem fielmente a queda da maçã. Triste mas verdadeiro. Eu dispenso o luxo porque as letras brincam de trocar de lugar. Foi o maior espetáculo e já morreu. As fantasias viraram pano de chão. Mamãe eu tou na televisão. Venho falar das coisas que eu nunca soube. E ser famoso por conta da vontade deles. O que eu não fiz valeu a pena. Desde sempre. Colares de contas e casais de búzios. Espelhos de pequeno tamanho. Fazemos qualquer negócio. A drag-queen tinha toda a razão. Somos os mestres do non sense. E embaixadores daquela alegria inexistente. É bom a certeza incerta de mais um espetáculo. Originalmente sem graça alguma. Rir é o melhor remédio se há alguma doença nova. É um filme de terror de quinta categoria. Com monstros de borrracha e ET's de papelão prateado. Nas galerias de arte falamos do que não entendemos. Manchas e borrões tão significativos. Como nosso bom gosto duvidoso. Longe de mim saber tais coisas. Nem escrever direito sei. E nem sei a letra do Hino Nacional. Deve ter sido porque cantei muitas vezes querendo descansar do não cansaço...

Pena de Vida


Não sei quem sou nasci no mundo
Um mundo cheio de idiossincrasias
Que vão se sucedendo vários dias
E no qual sou chamado vagabundo

Um mundo de fantasmas e de susto

Onde somente existe crueldade
Que me deu uma coisa triste a idade
E que me limitou à todo o custo

Vou viver muitos anos nesta cela

Tristes momentos em que faltou sal
Ou que ainda o medo pegou geral
Igual ao que chamamos de novela

Terei fome e não terei o que comer

Mesmo sobrando à mesa de abastados
Terei medo com tiro pra todos os lados
Em cada momento não terei o que fazer

E assim vou vivendo o meu castigo

O castigo de todos nós os humanos
Viver estava fora dos meus planos
E isso vem desde um tempo antigo...

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Insaneana Número 45 - Enigmas de Salvação

Eu quero romarias sinceras. E novas frases desconexas que passem batido. É a vida. E a morte que a acompanha com sinceridade. Nunca escondo meus passos. Mas sei de cor muitas coisas. A vida se iluminou como lampiões nos postes. E fez um sorriso num rosto não tão bonito mas com traços de bondade. Aí estão todos os meus tesouros. Cabem num bolso bem pequeno. São palavras. Muitas delas. Algumas até de ordem. Fico várias vezes olhando as horas até que elas passem. Como estou? Melhor do que há mil anos atrás. Cada um com seus tesouros. Os meus são invisíveis. Mas são como pedras. Quem pode contar os carneiros que estão no rebanho? Só o lobo estudou matemática. Um bando de pardais bem organizado. Com todo mundo usando crachá. É sonoramente evidente a nossa alegria de começo de mês. Mais do que isso não há. Só há certeza na imaterialidade de todas as coisas. Idéias são como projéteis que apavoram de repente na favela. Eu sei de muitas coisas impublicáveis. E sonoridades muito bem vindas. Não espere que eu as conte. Eu emudeci em diversas ocasiões. Eu não tenho ideologia nem planilhas. Eu sou do lado das nuvens e das bocas sem fome. Eu sou do lado que sofre ingratidões porque quis. Tudo é claro como um copo d'água. Não existem enigmas profundos. Foi só a vontade do freguês que prevaleceu. Sem campanhas por favor. Muros são mais divertidos. Eles caem tal qual dominó. Eu me seduzo com suas invariáveis variáveis. E com suas curvas quase mal feitas de uma inocente lascívia. A minha líbido desfila seminua em todos os diários carnavais. A minha rotina é a impossibilidade de provar diferentes gostos. Mas os que conheço me imortalizam num silêncio gritante. Esse é o verdadeiro sentido de ser rei. O castelo será construído amanhã. Ainda não há baralho suficiente para tal proeza. E os neologismos que inventei guiam meus indecisos passos. Notem como são bonitos os eternos cansaços de meus viajantes pés. Cada calo é uma notícia publicada. E cada corte uma história bonita para ser contada. Mesmo quando histórias bonitas assombrem e encantem. Somos magos formados por correspondência. E atores sem papel algum nessa eterna peça. Eu quero apenas redes e um mar vadio qualquer...

Minha Canção, Meu Canto

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Eu não canto para os que tem esperança
Eu canto para todos que estão desesperados
Aqueles que desonestamente foram derrotados
Para o velho para o moço e para a criança

Eu não canto para aqueles que a vida deu tudo

Eu canto para aqueles que a vida não deu nada
Para o túmulo silencioso para a boca fechada
E ainda para o grito de liberdade agora mudo

Eu não canto para a fogueira acesa em alegria

Eu canto para as cinzas no chão tudo apagou
Para o menino que eu era e o velho que eu sou
E para tudo que foi embora sem adeus um dia

Eu não canto a beleza que há no rosto bonito

Eu canto a cabeça baixa com o rosto mais feio
A saudade de quem ficou e a de quem veio
A solidão de quem vive muito mais que aflito

Eu não canto para quem marcha em fileiras

Eu canto para aqueles que colhem flores no jardim
Canto para as saudades que existem dentro de mim
Para o menino mal educado e sem boas maneiras

Eu não canto para os que são os maiores da terra

Eu canto para os mais humildes os que só pedem
Canto ainda para todos os sonhos que se despedem
No meio da vida que é apenas interminável guerra

Que meu canto se espalhe em todos os lugares...

terça-feira, 7 de outubro de 2014

E Eu Contava as Moedas


E eu contava as moedas que estavam na mão
Era o menino ansioso
Por sonho por gozo
Mas tudo acabou caindo tudo pelo chão...

E eu contava as moedas que um dia ganhei

Queria fossem bem mais
Como se fossem a paz
Mas esta paz que nem eu mesmo sei...

E eu contava as moedas com a mente somente

Não podia nem mesmo falar
Era tudo era o céu era o mar
Era o chão era a flor e era a semente...

E eu contava as moedas que estavam na minha mão...

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Ai de Mim

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Ai de mim
Que sou assim...
Presente... Ausente...
Doente...
Qual será meu fim?

Brancas nuvens passando

E meus olhos chorando
E os meus pés andando
Sei lá até quando...

Ai de mim

Que sou assim...
Presente... Ausente...
Demente...
Qual será meu fim?

Relógios vão caindo

Balões vão subindo
Nem sei onde vou indo
Restos de som ouvindo...

Ai de mim

Que sou assim...
Presente... Ausente...
Diferente...
Qual será meu fim?

Estrelas amanhã cairão

Não sobrará um clarão
Minha vida escuridão
Vai parar meu coração...

Ai de mim

Que sou assim...
Presente... Ausente...
Contente...
Qual será meu fim?...

Juliano e As Nuvens


Muitas vezes falamos como é ser humano
E os caminhos que se percorre meu caro Juliano
Grandes e ao mesmo tempo tão pequenininhos
Com suas ambições e desejos tão mesquinhos
Com o sonho presente e uma nova filosofia
Com as cores na mente e a cor de um novo dia

Muitas vezes falamos como é ser humano

E sofrer pelo nada e mais nada meu caro Juliano
O homem vai cada vez mais cegando à si mesmo
Como um franco-atirador que vai atirando à esmo
Mas tão bom ser apenas aquele que é o moço
E se foge depressa do fundo de qualquer poço

Muitas vezes falamos como é ser o humano

Ser escravo de muitas correntes meu caro Juliano
Os gostos acabam sendo escravos do esquema
Mas vamos plantando no nosso jardim o poema
Um jardim de flores flutuantes de puro algodão
Que tentamos em vão pegar todas com a mão

Muitas vezes falamos como é ser o humano

Andar só por um caminho escuro meu caro Juliano
É assim que tem que ser e assim sempre o será
Querer ir até as nuvens e não saber ainda voar
Com o sonho presente e uma nova filosofia
Com as cores na mente e a cor de um novo dia...

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Quando Os Pássaros Não Voam Mais

Resultado de imagem para canário na gaiola
Estamos aqui não mais
Como em tempos distantes de medir
Eu que já matei muitas ilusões
E ainda tenho muito medo de partir
É o sono que bate em câmara lenta
Que os olhos não dão pra abrir

Estamos aqui não mais
E as coisas que sonha não tente
Já basta estar meio triste
Já basta estar assim tão doente
A fotografia não está boa
Há muito que já quebrou a lente

Estamos aqui não mais
E o que há de acontecer aconteça
Não é fatalismo é coragem
E por mais incrível que pareça
Chorar vira uma necessidade
Um dom que temos de nascença

Estamos aqui não mais
Como em abismos distantes de cair
Eu que já matei muitos sonhos
E ainda tenho muito medo de partir
É o sono chegando aos poucos
E eu não queria nem dormir...

Diferente Sol


Diferente sol de diferentes luas
Em casas e acasos
Quebram-se todos os vasos
Fecharam-se todas as ruas

Diferente febre de diferentes testas

Estamos todos doentes
A mesma doença sintomas diferentes
Acabaram-se todas as festas

Diferente estado de diferente capital

Aqui não há o que comer
Estamos amarrados não há o que fazer
O prato do dia é o mal

Diferente palpite de diferentes jogos

O mesmo resultado esperado
Não há certo e muito menos errado
Já se acenderam os fogos

Diferente ideia de diferente platéia

Queremos e não queremos
Os mais célebres desastres vemos
E tudo já virou geleia

Diferentes rostos de diferentes caras

Não há mais o que fazer
Quando muito apenas morrer
No meio há tantas jóias raras...

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

É Noite, É Longa Noite...


É noite...
E a escuridão cai por cima do mundo
Feito um cobertor de preguiça
Generoso que cobre tudo e todos...

É noite...
E as luzes são pequenos olhos
Que se abrem totalmente curiosos
E começa o balé ao redor deles...

É noite...
E o duplo perigo nos transforma
Nos mais furtivos felinos sábios felinos
Que conhecem os muros e os becos...

É noite...
E agora vão haver bebedeiras
E agora garotos farão seus programas
E as putas darão suas aulas de desilusão...

É noite...
E a fumaça subirá lentamente dos cigarros
E os passos serão mais pesados que antes
E o medo caminhará bem de mansinho...

É noite...
E agora é a hora do maior risco
E a hora de arriscar tudo que se tenha
E a vida vale pouco ou quase nada...

É noite...
E a fome chega aos poucos torturando mais
E é o frio que incomoda até doer tudo
E é a vida que perdeu toda a sua chance...

É noite...
E a hora do assassino acabou de chegar
E a vez do ladrão acabou de entrar em cena
E o canalha teve todos os seus pecados perdoados...

É noite...
E a calçada é a cama mais macia de todas
E o céu o melhor cobertor de todos
E a solidão a decisão de melhor bom senso...

É noite...
E cantam os bacurais e nos espraguejam lentamente...

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A Primeira Morte


Ela chegou e ninguém viu
Era em meu coração doente
Que tava vivendo dormente
E que simplesmente partiu

Era apenas a primeira morte

Era a minha morte em vida
Ir embora sem alguma partida
Ter azar sem perder a sorte

Um paradoxo à minha maneira

Eu ando em estradas do mundo
Mas não há nem um segundo
Chorando por mim uma carpideira

Ela chegou e ninguém viu

Era em meu dormente coração
Que não viu qual era a estação
E que simplesmente partiu

Era apenas a primeira morte

Era a morte com uma sobrevida
Era um jogo com bola dividida
Era a ferida sem ter um corte

Um paradoxo à minha maneira

Eu ando em estradas do mundo
Eu sou apenas um vagabundo
Vivendo esta minha besteira

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...