São muitas bandeiras para um coração só. Mesmos que as ruas sejam velhas conhecidas. São muitos dias escorrendo entre os dedos. E coisas embaralhadas como cartas no jogo da mente. Eu o sou. O viajante de mim mesmo. Em perigosas expedições de reconhecimento. Eu o desejei. Os ares em que nuvens companheiras seriam. E as cavernas que a própria mente escavou em tristes horas. E eu o fiz. Incontáveis pecados sem culpa. E festas que nunca aconteceram. Não há horários. Nem chegadas e nem despedidas. São muitos Quixotes e nenhum Rocinante. São apenas tristes figuras. A maioria delas desbotadas e queridas. São fotos velhas para novos motivos. É tudo ao mesmo tempo e ao mesmo tempo nada. É a tábua de salvação e a luz no farol para um naufrágio que não aconteceu. Anos e anos na mesma ilha. As varinhas de condão faltam no mercado. E o risco das correrias se acabou. Olhem apenas e nada perguntem. As respostas esperam ansiosamente entrarem em cena. E se perguntas são divertidas. As respostas não têm graça. Aproveitemos todos os doces. Sem esquecer de lamber os dedos. Não há nenhum caos nas cirandas. Mas às vezes o inesperado vem para jantar. O galo perdeu o relógio. E as canetas estão em falta no mercado. Apague a luz pois é meio-dia. Mas peça ao sol que tenha paciência. Há tantos mares quanto são os homens. E certezas absolutas guardadas lá num canto. Repartamos o que sobrou. Antes que venha a conta. Ou o tesão se acabe. Ainda existem velas. São aquelas que só lembramos quando há lembrança. Uma partida de xadrez. Mas faltam peças. A minha emoção é vendida em suaves prestações. Cresceram pelos em infantis rostos. E obrigações que nunca terminam. Vamos nos divertir com construções de fumaça que caem. Nada foi mais terno que inimigos gestos. Nada foi tão engraçado quanto a tristeza. O que não sei escrevo em outra língua. E pulo amarelinha com os meus enigmas. Não escolho palavras faz muito tempo. Elas que me escolhem e saem andando. Estalam seus dedos e acontece a mágica. Não é para que eu goste. Fale apenas e pronto. Nada de novo. Nada de especial. Apenas cybernotícias do cyberfront. Em meu teclado saem notas. As letras agora cantam no coro. E reclamam por escassas asas. Faça o favor e passe na frente. As ondas desse mar ainda estão acordadas. É a eterna insônia do que não passa. Deu pane no avião. Voamos sozinhos. Acabaram-se as moedas de nossos bolsos. Não sei rezar diretamente. Mas rezo o tempo todo. Espero o pior para que o melhor me engane. Acordei antes do tempo. Vivi antes do tempo. E bebi antes do tempo. Por isso dispenso inúteis condenações. Não sintam mais se assim o quiserem. Mas nem sempre os abismos matam. Não forcem serem novamente bons se assim quiserem. Nada cai neste mundo. Somente as máscaras. Onde estão seus exércitos de terracota? Andar gingando não significa malandragem. Viciaram os dados. Mas dedos são incorruptíveis. Pés às vezes descansam. Mas mãos nunca. Eu presto minhas reverências grande mistério. Na verdade nunca fui humilde. Mas sempre bobo. O bobo da turma. O bobo da corte. A censura sem corte. Corte o bolo e não atrapalhe o continuar da festa. Não corte o cabelo. Deixa que eu corto o meu. Se é para chorar serei a carpideira. Uma carpideira que gargalha fingindo nervoso. Venta muita e algumas mangas caem só pelo barulho. E as folhas saem em sempre novo galope. Opus maximus. Circus maximus. As feras estão sempre de folga. A líbido é ótima conselheira. E o mago guarda com cuidado todos seus pós. Aquilo que não tem existência é o que existe mais. Ser feliz é a meta. Por isso não fui indiciado por falta de provas. Guardem esse dia. Esse dia é todo dia. O passado e o presente e o futuro são o mesmo espião com diferentes passaportes. Possíveis e impossíveis dramas. Novelas mexicanas dubladas em português. Diga a senha. E digite as prováveis causas. Existe vida após a sorte. Estamos vivos até o próximo sorteio. Tijolo por tijolo. Pedra por pedra. Vertigem por vertigem. É a antiga e sempre nova fórmula. A nova idade é a única novidade. Deixe que eu vá. Já perdi a pressa...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Viajante de Mim Mesmo
São muitas bandeiras para um coração só. Mesmos que as ruas sejam velhas conhecidas. São muitos dias escorrendo entre os dedos. E coisas embaralhadas como cartas no jogo da mente. Eu o sou. O viajante de mim mesmo. Em perigosas expedições de reconhecimento. Eu o desejei. Os ares em que nuvens companheiras seriam. E as cavernas que a própria mente escavou em tristes horas. E eu o fiz. Incontáveis pecados sem culpa. E festas que nunca aconteceram. Não há horários. Nem chegadas e nem despedidas. São muitos Quixotes e nenhum Rocinante. São apenas tristes figuras. A maioria delas desbotadas e queridas. São fotos velhas para novos motivos. É tudo ao mesmo tempo e ao mesmo tempo nada. É a tábua de salvação e a luz no farol para um naufrágio que não aconteceu. Anos e anos na mesma ilha. As varinhas de condão faltam no mercado. E o risco das correrias se acabou. Olhem apenas e nada perguntem. As respostas esperam ansiosamente entrarem em cena. E se perguntas são divertidas. As respostas não têm graça. Aproveitemos todos os doces. Sem esquecer de lamber os dedos. Não há nenhum caos nas cirandas. Mas às vezes o inesperado vem para jantar. O galo perdeu o relógio. E as canetas estão em falta no mercado. Apague a luz pois é meio-dia. Mas peça ao sol que tenha paciência. Há tantos mares quanto são os homens. E certezas absolutas guardadas lá num canto. Repartamos o que sobrou. Antes que venha a conta. Ou o tesão se acabe. Ainda existem velas. São aquelas que só lembramos quando há lembrança. Uma partida de xadrez. Mas faltam peças. A minha emoção é vendida em suaves prestações. Cresceram pelos em infantis rostos. E obrigações que nunca terminam. Vamos nos divertir com construções de fumaça que caem. Nada foi mais terno que inimigos gestos. Nada foi tão engraçado quanto a tristeza. O que não sei escrevo em outra língua. E pulo amarelinha com os meus enigmas. Não escolho palavras faz muito tempo. Elas que me escolhem e saem andando. Estalam seus dedos e acontece a mágica. Não é para que eu goste. Fale apenas e pronto. Nada de novo. Nada de especial. Apenas cybernotícias do cyberfront. Em meu teclado saem notas. As letras agora cantam no coro. E reclamam por escassas asas. Faça o favor e passe na frente. As ondas desse mar ainda estão acordadas. É a eterna insônia do que não passa. Deu pane no avião. Voamos sozinhos. Acabaram-se as moedas de nossos bolsos. Não sei rezar diretamente. Mas rezo o tempo todo. Espero o pior para que o melhor me engane. Acordei antes do tempo. Vivi antes do tempo. E bebi antes do tempo. Por isso dispenso inúteis condenações. Não sintam mais se assim o quiserem. Mas nem sempre os abismos matam. Não forcem serem novamente bons se assim quiserem. Nada cai neste mundo. Somente as máscaras. Onde estão seus exércitos de terracota? Andar gingando não significa malandragem. Viciaram os dados. Mas dedos são incorruptíveis. Pés às vezes descansam. Mas mãos nunca. Eu presto minhas reverências grande mistério. Na verdade nunca fui humilde. Mas sempre bobo. O bobo da turma. O bobo da corte. A censura sem corte. Corte o bolo e não atrapalhe o continuar da festa. Não corte o cabelo. Deixa que eu corto o meu. Se é para chorar serei a carpideira. Uma carpideira que gargalha fingindo nervoso. Venta muita e algumas mangas caem só pelo barulho. E as folhas saem em sempre novo galope. Opus maximus. Circus maximus. As feras estão sempre de folga. A líbido é ótima conselheira. E o mago guarda com cuidado todos seus pós. Aquilo que não tem existência é o que existe mais. Ser feliz é a meta. Por isso não fui indiciado por falta de provas. Guardem esse dia. Esse dia é todo dia. O passado e o presente e o futuro são o mesmo espião com diferentes passaportes. Possíveis e impossíveis dramas. Novelas mexicanas dubladas em português. Diga a senha. E digite as prováveis causas. Existe vida após a sorte. Estamos vivos até o próximo sorteio. Tijolo por tijolo. Pedra por pedra. Vertigem por vertigem. É a antiga e sempre nova fórmula. A nova idade é a única novidade. Deixe que eu vá. Já perdi a pressa...
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