É um vídeo. É uma foto. É o registro em HD. São os vírus. São as bactérias. São os novos medos. Junto aos antigos. É a invasão de domicílio. É a quebra da senha. É a página pessoal adulterada. É a postura da mídia. É a disputa política. É o politicamente correto. É que vem. O que vai. O armário cheio de liquidações ultrapassadas. É o relógio digital. É a tendinite obrigatória. É a rima óbvia. São as ovelhas no precipício. Tenho que parar de fumar. Tenho que parar de beber. Tenho que viver sadiamente. E morrer como qualquer um. Saber de tudo. Ser inteirado com o mundo. Mas mesmo não saber o que devia. É o folder. É o modem. É a foda para fins reprodutivos. É a igreja. É o new e o old juntos. Nada mais. Não grite na rua. Não dance na chuva. Não ria sem motivo. Ache engraçado na hora certa. Escove os dentes de forma ortodoxa. Veja a tela em silencioso respeito. Finja que a mentira é verdade. Faça de si mesmo a exceção rotineira. É o novo corte de cabelo. É a nova cor de unha. A nova gíria. O novo meme. O novo sabor de chocolate. A vaca louca enlouquecendo loucamente. A corrupção em massa. Os relógios cheios de sono. Os legumes cozidos em rituais de vodu. Domingos e domingos são todos os dias. Na séria preocupação do nada. Porque nada muda o rumo das coisas. Somente a loucura. Nem sempre a queda do abismo mata. Milagres esperam para acontecer. Eu não vejo o ar e o respiro. A sequência das coisas traz o castigo. Ou a recompensa. Mesmo que ela nada signifique. Aparentemente pelo menos. Nada passou. Mas ao mesmo tempo não está mais lá. O poder não faz a música. Mas dita os passos. E o horário do baile. Nada mais. A independência depende de suas drogas. E elas estão à venda. Cada instante é vigiado por invisíveis fios. Marionetes até no nome. O incomercial é imoral. Mas o amoral tem cadeira cativa no estádio. Antes eram leões para os gladiadores. Hoje são só leões mansos. E a platéia ri de não sabe o quê. Os rios não deságuam mais no mar. Simplesmente evaporam em novas chuvas. Um problema atrás do outro. É só isso. Falar mal virou elogio. Tudo está no esquema. Nenhum cão foge do canil. Os chips entraram por carne adentro. E os satélites agora têm olhos bem grandes. As ditaduras adoram trocar de roupa. O narcisismo é o mais importante dos alimentos. Nada é maior ou menor. Nisso consiste o grande engano de pessoas. A terra come. E tem apetite. Só os sonhos não morrem. E dão bofetadas na cara dos egoístas. As necrópoles estão cheias. E seu mármore é mais frágil que o papel...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Humana Idade
É um vídeo. É uma foto. É o registro em HD. São os vírus. São as bactérias. São os novos medos. Junto aos antigos. É a invasão de domicílio. É a quebra da senha. É a página pessoal adulterada. É a postura da mídia. É a disputa política. É o politicamente correto. É que vem. O que vai. O armário cheio de liquidações ultrapassadas. É o relógio digital. É a tendinite obrigatória. É a rima óbvia. São as ovelhas no precipício. Tenho que parar de fumar. Tenho que parar de beber. Tenho que viver sadiamente. E morrer como qualquer um. Saber de tudo. Ser inteirado com o mundo. Mas mesmo não saber o que devia. É o folder. É o modem. É a foda para fins reprodutivos. É a igreja. É o new e o old juntos. Nada mais. Não grite na rua. Não dance na chuva. Não ria sem motivo. Ache engraçado na hora certa. Escove os dentes de forma ortodoxa. Veja a tela em silencioso respeito. Finja que a mentira é verdade. Faça de si mesmo a exceção rotineira. É o novo corte de cabelo. É a nova cor de unha. A nova gíria. O novo meme. O novo sabor de chocolate. A vaca louca enlouquecendo loucamente. A corrupção em massa. Os relógios cheios de sono. Os legumes cozidos em rituais de vodu. Domingos e domingos são todos os dias. Na séria preocupação do nada. Porque nada muda o rumo das coisas. Somente a loucura. Nem sempre a queda do abismo mata. Milagres esperam para acontecer. Eu não vejo o ar e o respiro. A sequência das coisas traz o castigo. Ou a recompensa. Mesmo que ela nada signifique. Aparentemente pelo menos. Nada passou. Mas ao mesmo tempo não está mais lá. O poder não faz a música. Mas dita os passos. E o horário do baile. Nada mais. A independência depende de suas drogas. E elas estão à venda. Cada instante é vigiado por invisíveis fios. Marionetes até no nome. O incomercial é imoral. Mas o amoral tem cadeira cativa no estádio. Antes eram leões para os gladiadores. Hoje são só leões mansos. E a platéia ri de não sabe o quê. Os rios não deságuam mais no mar. Simplesmente evaporam em novas chuvas. Um problema atrás do outro. É só isso. Falar mal virou elogio. Tudo está no esquema. Nenhum cão foge do canil. Os chips entraram por carne adentro. E os satélites agora têm olhos bem grandes. As ditaduras adoram trocar de roupa. O narcisismo é o mais importante dos alimentos. Nada é maior ou menor. Nisso consiste o grande engano de pessoas. A terra come. E tem apetite. Só os sonhos não morrem. E dão bofetadas na cara dos egoístas. As necrópoles estão cheias. E seu mármore é mais frágil que o papel...
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Quase Um Réquiem
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