segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Círculo


Tudo que faça é nada. Nada que faça é tudo. E os anseios desta estrada. Deixam-me mudo. Porque assim é. Porque assim será. Aonde existe a fé. Há quem dela duvidar. Há quem faça certo ou errado. O que ser assim será. Talvez onde é alvo haverá de atirar. E há mal sem ter malvado. Porque esse inesperado. Também possa acertar. É a vida e é o dia. É a farsa naturalmente. E a absurda geometria. Do normal e o diferente. Luta insana. Boa piada. É a louca tragédia humana. É o choro na calçada. É o coração e é a mente. O que mais que isso? É tão animal ser gente. Esqueci o compromisso. Nada vejo. Tudo nego. É a sorte do realejo. Tocado por mais de um cego. Pode deixar ali. Pode ir embora. Tudo que há de cair. Há de cair sem demora. É o trago. É o cigarro. Se melhorar eu estrago. O sinal fechou para o carro. Tem navios. Tem aviões. Existem até vários frios. Em outras quentes estações. Eu tenho até outros cios. Mas não são estas as questões. Fogo brando. Morte lenta. Vamos queimando até quando. Acabar toda pimenta. Quatro rodas. Quatro fodas. Tudo isso é normal. Viva a nossa canseira. Viva o tal Zé Pereira. Domingo tem carnaval. Domingo tinha novena. Mas já mudaram a cena. E suspenderam geral. Olha a flor. Com sua bruta leveza. Olha a dor. É o que se põe lá na mesa. Comam logo. Vem do fogo. Todo os dias eu jogo. Sem ter regras pro jogo. Bebo em excesso. Falo pouco. É a tática do sucesso. Ver com olhos de louco. Falar com boca fechada. Fazer grafites é maneiro. Para enfeitar a fachada. Ou somos o primeiro. Ou a corrida é acabada. Viva o Cão. Que dá pão. Viva o Deus. Que dá adeus. Tudo vem. Tudo tem. Tudo também é o céu. Vamos dizer o que tem. Em toneladas de papel. O copo encheu até a borda. Sou puro e casto. E sei que é no pasto. Que o boi engorda. Eu tenho pressa. Me dê licença. Que eu vou nessa. Tchau e bença.

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