domingo, 9 de dezembro de 2012

Poema das Aparições

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Eu vejo coisas estranhas
Eu vejo apenas aparições
São as emoções tamanhas
Em vários de meus corações
São copos que esvaziaram
São dores que permanecem
São corpos que se queimaram
Enquanto as ilusões crescem
São passos que se erraram
É a ciranda agora parada
São tintas que descascaram
De que não sobrou mais nada

Eu sinto coisas estranhas

Eu vejo apenas aparições
Elas vêm das minhas entranhas
Caçando suas estações
São dias que já morreram
São planos que já falharam
E pecados que se arrependeram
São armas que não disparam
São desejos que não demoram
É a ânsia agora arrependida
São só fantasmas que namoram
O que nos sobrou da vida

Eu penso coisas estranhas

Eu vejo apenas aparições
É o destino que nos apanha
Construindo mais aflições
São rostos que já sumiram
São anos que não restaram
A felicidade que me tiram
As migalhas que não sobraram
A lembrança só da imagem
Que acompanha onde eu vá
No deserto minha miragem
Onde estou ela também está

Eu vejo coisas estranhas

Eu vejo apenas aparições
É o destino e suas manhas
Brincando entre estações
É um destino malvado
É um destino sem compaixão
É tudo que deu errado
Sem qualquer explicação
São esses versos pequenos
Que ainda vêm me falar
Do que vai sobrar ao menos
Quando a ciranda parar

Eu vejo...

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