domingo, 23 de dezembro de 2012

Grito

Não haverá um novo grito
Porque o verdadeiro permanece ecoando
Desde a primeira dor.
É o fim, senhores!
As máscaras cairão no chão 
Hão de quebrar
E nada as colará para esconder...
Todas as mãos estão estendidas 
Para o gesto amigo e definitivo
E as espadas se quebrarão...
As bandeiras serão rasgadas,
As fronteiras serão esquecidas
E suas moedas nada mais valerão...
Perdoe-me meu próximo, 
Se nesse tempo todo nada fiz...
Perdoe-me mãe-Terra,
Se fui tão mal e mesquinho...
Irmãos-bichos, fiquem tranquilos,
Não serei mais um louco predador...
Flores, eu reconheço a solidez
Da sua linda estética...
Vida, eu te viverei sem me importar
Até quando estarás comigo,
Mas hei de te fruir cada instante...
Não haverá um novo grito,
Ele sempre existiu no sonho que não terminou...

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