sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Nada Novo


Não há nada novo só o inesperado
Na nossa rotina só existe surpresa
Todo plano vai dar certo por enquanto
E toda estatística precisa de óculos
O fim do mundo acontece todo o dia
E as lojas sempre fazem liquidações
Ame o primeiro amor que aparecer
Ele pode ser também o único
Não se preocupe com os anéis
Há muitos desses pelo seu caminho
O beijo que não dei me dá saudades
E corpo que foi ainda me excita
O amor que senti e que morreu
Sempre ressuscita na lembrança
Os ventos fortes sempre estão vindo
Mas as asas precisam mesmo disso
O relógio mal enfeita o pulso
E minha camisa sempre foi desbotada
Eu quero novos e novos versos
Somente esses é que me importam
E poder falar sobre o que sinto
Desde do abrir ao fechar dos olhos
Todo mundo o mundo todo é meu amigo
Sobretudo os que ferem e fazem chorar
A insegurança é a marca de quem sonha
E a viagem em si já é a chegada
Não há maior coragem que o risco
E dele não devemos abrir mão
Eu já escutei várias e várias lendas
A maioria eram verdades científicas
E sou apenas mais um futurista
Como eram os que vieram antes de mim
As coisas que a sociedade te fala
São as mesmas que ela duvida
Todo desafio tem seu gosto doce
Como as frutas que estão sob espinhos
Nos travesseiros se constroem mundos
Os mesmos mundos que estão lá fora
A diferença de um lugar para outro
Não muda a natureza das coisas
Anjos e demônios assistem comédias
Com muita pipoca e refrigerante
Apaguem depressa essa luz
Sou animal noturno como os gatos
Cada marca de tua pele conheço bem
Já estive lá e foram muitas vezes
Não veja a quanto está o meu pulso
Estar próximo de mim já é um motivo
Já contei cada centavo que devo
Mas não chega aos pés de minha paixão
Preciso de muitas frases de efeito
Para declarar-me a mim mesmo
Para fingir-me um bom poeta
Como uma novidade no mercado
Tudo que deveria ser dito
Se repete em novas novidades
Gostar daquilo que todo mundo gosta
É buscar sombras que já têm luz
Vamos pular entre as estrelas
A hora sempre foi agora...

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