quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Apenas Novelos

São vários novelos
Enrolados
Vários apelos
Que meu gato brinca
É o verso solto
Envolto
Saltado
Certo errado
E tudo complica
É sem freio
Bonito e feio
Saudável e mal
É o instinto
É que o pinto
Não há igual
É o erro de moto
É a velha foto
É o copo 
Cheio de cerveja
Que assim seja
Deus não escuta
E se escuta perdoa
A forma bruta
Deu ser pessoa
Ando devagar
Pra não estragar
Teu novo sono
Cachorro sem dono
Não sei o que quero
É o lero
A traição mais iminente
Que dói o dente
Que queima a alma
Vamos com calma
Vamos por partes
Se assim puder
Escola de artes
Soma do malmequer
E se puder atrapalho
Eu espalho
Quem pode que pegue
Não me negue
Inventar o inventado
Deite de lado
E olhe para o nada
Eu chego na chegada
E parto na partida
É a vida é a vida
Capítulos acabados
Tiros em todos lados
São tramas
São lamas
Vários atoleiros
São dramas
De muitos janeiros
São chamas
Nos fogareiros
Morreu o homem
Fica alguma saudade
E um rastro que se consome
Com o passar da idade
O resto some
Dentro da cidade
São apenas novelos
Quem dera tê-los...

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