Não quero amores. Nem me dê flores. Quando muito uma pétala só. Não sou egoísta. É melhor viver e não dar pista. Porque vindas. São tão lindas. E anunciadas. Mas idas. São só subidas. E inesperadas. Não quero flores. Estão todas mortas. E não hei de bater em outras portas. E nem hei de perguntar por outras caras. Nem simples nem raras. Deixem que outros peguem. Outros que perseguem. Viver às vezes é como fumar um cigarro. Ou bater o carro. Ou baterem a carteira. Tudo é normal. À sua maneira. Abalou geral. Daqui à cem anos descobrirão. O que hoje matou. Ou castigou. Meu coração. É hora. É vez. É agora. Ou no fim do mês. Talvez tenha demora. Ou talvez tenha talvez. Eu não ligo. Meu amigo. Passou o tempo que eu ligava. Cada peça em seu lugar. E ao meu jeito de amar. Eu também amava. Eu ainda sou testado cada dia. Pelo bem da alegria. Que ontem eu implorava. E se hoje não porem a mesa. Tenha certeza. Não me importava. São todas flores. Em lindos vasos. Já foram meus. Resta o adeus. Meus lindos casos. Houveram fugas. E hoje há rugas. Talvez atrasos. O trem que chega é que partiu. O que parte há de chegar. Alguns ninguém viu. Outros ainda não vão olhar. E se a palavra repete. A cena também repetirá. Apenas isso me compete. Sofrer e chorar. Não quero cores. Nem me dê flores. Finja que não. Olhe outro lado. Virá outra estação. Está tudo acabado...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Nem Me Dê Flores
Não quero amores. Nem me dê flores. Quando muito uma pétala só. Não sou egoísta. É melhor viver e não dar pista. Porque vindas. São tão lindas. E anunciadas. Mas idas. São só subidas. E inesperadas. Não quero flores. Estão todas mortas. E não hei de bater em outras portas. E nem hei de perguntar por outras caras. Nem simples nem raras. Deixem que outros peguem. Outros que perseguem. Viver às vezes é como fumar um cigarro. Ou bater o carro. Ou baterem a carteira. Tudo é normal. À sua maneira. Abalou geral. Daqui à cem anos descobrirão. O que hoje matou. Ou castigou. Meu coração. É hora. É vez. É agora. Ou no fim do mês. Talvez tenha demora. Ou talvez tenha talvez. Eu não ligo. Meu amigo. Passou o tempo que eu ligava. Cada peça em seu lugar. E ao meu jeito de amar. Eu também amava. Eu ainda sou testado cada dia. Pelo bem da alegria. Que ontem eu implorava. E se hoje não porem a mesa. Tenha certeza. Não me importava. São todas flores. Em lindos vasos. Já foram meus. Resta o adeus. Meus lindos casos. Houveram fugas. E hoje há rugas. Talvez atrasos. O trem que chega é que partiu. O que parte há de chegar. Alguns ninguém viu. Outros ainda não vão olhar. E se a palavra repete. A cena também repetirá. Apenas isso me compete. Sofrer e chorar. Não quero cores. Nem me dê flores. Finja que não. Olhe outro lado. Virá outra estação. Está tudo acabado...
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