Eis os meus olhos encegueirados
Por aquele amor que nunca terei...
Os dias são como rios passados...
Para onde? Não sei... Não sei...
Eis o meu quarto, inútil solidão
Ferida ardida que eu não curei...
Pedaço de sim e pedaço de não...
Qual deles? Não sei... Não sei...
Eu fecho a boca, calo a garganta
Mas foi pela alma que eu grite...
Nem mesmo a morte me espanta...
O que dá medo? Não sei... Não sei...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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