segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Carliniana LXV ( A Morte dos Signos )

Eu faço que não faço em suaves azuis

O tempo é uma pedra atirada na água

Tudo mudará mesmo que não mude

A minha solidão é a marca da morte

Começarei a falar e não acabarei mais

O papel de bala jogado fora na rua

Acho que vale bem mais do que eu

Fogos antigos explodiram com som

Incongruências...

 

O cavaleiro acabou caindo de sua montaria

Enquanto a plebe aplaude ardorosamente

Vou lendo as lápides com extremo carinho

E mesmo assim nada disso vai me adiantar

Cada dia é mais uma simples expectativa

Obrigado pelo meu inferno querida menina

Guardarei para todo o sempre estas dores

Pedindo para não pedir aquilo que peço

Insubstituíveis...

 

O coveiro de certa forma é um lavrador

Que exerce seu oficio de forma responsável

A fome resolve todos os enigmas que existam

Eis a dignidade jogada para os porcos

Eu mesmo fiz um novo canteiro de flores

Onde habitam margaridas e manacás

Que possuem um segredo que me fazem

Chorar até não poder mais e soluçar

Infalíveis...

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