segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Alguns Poemetos Sem Nome N° 332

Não sei contar mais. Faltam-me dedos, isso sim. Passou de dez a cabeça começa a enrolar. Não tenho culpa se são muitos dias. Muitos dias, mas que passam tão rápido. Estão no galope, loucura de tantos carnavais, festas com propósito ou não. Não sei contar mais, que nem menino que só aprendeu isso...


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Mil vezes um

Paisagem interior

Que é o que não é

A culpa é dele

A culpe é minha

A culpa é nossa

O tempo contido

No vidro...


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Nem sempre a corrente te prende

Nem sempre a liberdade te solta

Pensar quase sempre nos dói 

Mas acaba sendo necessário


Nem sempre a beleza agrada

Nem sempre ganhar nos faz bem

A realidade é um soco na cara

Mas mata menos que a mentira...


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Palavras inventadas

Para nada dizer

Necessidades artificiais

Para como morrer

Sedes imaginárias

Fomes desnecessárias

E o tempo precioso

Que a máquina destruiu...


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Eu quero ternura! Eu quero ternura!

Mesmo que ela me intoxique

E eu caia durinho no asfalto...

Eu quero sonhar! Eu quero sonhar!

Mesmo que digam que sou o louco

Que no fundo eu sou mesmo...

Eu quero teu beijo! Eu quero teu beijo!

De preferência que ele dure

Bem mais que o próprio tempo...


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Nada foge ao esquecimento

Como o pássaro ao bote certeiro

Eu poderia fazer mais um verso

Se a tristeza não ferisse tanto

Fotografias caladas na gaveta

Desencontros marcados

Sonhei um dia desses com alguém

Nada foge ao esquecimento...


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Acho que fiz poemas um dia...

Hoje é só choro! Hoje é só choro!

Acho que tive coragem ontem...

Hoje mais não! Mais não!

Acho que sou o novo de ontem...

Apenas isso! Apenas! Apenas!...

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